quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cattleyas Estrangeiras- 2° Conceito Técnico

Aos nossos amigos exploradores de conhecimento e visitantes de nosso Blog, os meus cumprimentos.
Ao se falar das Cattleyas Monofoliadas estrangeiras é difícil deixar de destacar uma das Cattleyas mais belas e que hoje também marca presença em exposições e coleções, admirada e muito bem adaptável aqui na região de São Carlos, e em boa parte do território de nosso país, trata-se da Cattleya Maxima, originaria da Venezuela, Colômbia, Peru e Equador.
Distintamente de muitas das demais Cattleyas possui uma forma técnica, toda peculiar onde sua simetria de segmentos e circularidade são variantes, decorrentes de clones e variedades dentro da mesma espécie.
Sua sépala dorsal vem caracteristicamente ereta, bem postada acima das pétalas, com uma largura pouco fina, geralmente junto com as sépalas inferiores apresenta um arqueamento leve de inclinação para a frente do tubo, formando também um gracioso bouquet somado às suas pétalas que também pouco ou medianamente largas se projetam para frente, e sem encrespado em seu bordo e em alguns indivíduos leves torções, o que ainda lhe são características.
O tubo do labelo pouco alongado e fino, com um labelo encrespado e alongado em todo o seu bordo, poucas franjas o que lhe permite uma ótima arrumação plana sem dobras.
As variedades desta bela Cattleya multiflora são as mais conhecidas como tipos-clara e escura, semi-albas, semi-albas flameas, roseadas, concolores do médio ao médio escuro, albescens, coeruleas de tons diversos onde algumas possuem um tom acinzentado sobre o seu labelo e em todas as variedades da espécie apresentam no lóbulo frontal uma estria bem simetrica e definida de cor amarelo variável que se estende ao centro do lóbulo central até as proximidades da entrada do tubo.
Planta de porte alto, vegeta muito bem em nossa região, com bifurcações prósperas e um ótimo enraizamento.
Requer ainda que suas regas sejam normais, tolera muito bem o período de escassez de água temperaturas baixas.
O tipo de vaso no qual ela melhor se adapta é o de plástico quando seedling e até o período adulto; exige uma boa ventilação, luz de 50% a 70% de sombreamento, seus vasos não podem estancar água, ao contrário devem ser furados lateralmente e no fundo.
É normal após um replante, o exemplar de Cattleya Máxima responder muito bem, com novas raízes e brotações, pois não tolera um alto índice de acidez em seu substrato.
Pode ser cultivada com sucesso ao lado da Cattleya Warscewiczii, Cattleya Trianaei, e Cattleya Luddemanniana, pois muito próximo são seus modos de cultivo.
Possuo em minha coleção por momento apenas dois exemplares, uma da variedade concolor, e outra da variedade alb, mas já encontrei a semi-alba flamea e a tipo para efetuar aquisição.
Se quando você for à procura da Cattleya Máxima para venda no mercado, procure não adquirir plantas, se seedlings muito entouceiradas e de porte baixo, pois a altura das futuras brotações são mais demoradas, procure seedlings com poucos pseudobulbos e em porte pouco maior, devido a que o desenvolvimento na futura aclimatação virá a ser melhor.
Um clone da variedade Tipo me fascina em muitos pontos característicos técnicos que seria a Cattleya Máxima tipo do Farina, com pétalas sem dobras, pouco ponteagudas,dotada de uma boa armação e um bouquet dessas pétalas bem pronunciado, e em destaque suas boas sépalas e labelo frondoso e vistoso com sua típica estria central bem definida no tom amarelo forte, clone de fácil cultivo, de matiz lilás-médio.
A variedade Alba que possuo foi adquirida no Orquídeas Sud América, lá em Piracicaba há alguns anos do meu caro amigo, saudoso Sr. Francisco Cava Cano, onde vim a conhecer essa bela Cattleya florida com cinco flores albas numa haste floral que somada ao pseudobulbo teriam aproximadamente uns 70 cm de altura.
O exemplar me impressionou muito, e também havia seedlings já de bom porte com duas flores precoces, onde o meu coração não resistiu e se apaixonou por essa espécie que nitidamente possui atrativos nativos que encantam.
A variedade coerulea, há anos atrás, a vi florida lá na cidade de Limeira na sua exposição anual onde com duas flores bem postadas, e tutoradas, trazia a meu olhar o quanto é belo o seu azul contrastando com a estria central do lóbulo em tom amarelo definido.
E se falando sobre sua estria central no lóbulo do labelo, ela é graciosamente desenhada em sua largura do princípio ao término, como se o Criador usasse de réguas planas e com um lápis de cor amarelo a fizesse, desta forma ao apreciarmos com os olhos imaginamos um trabalho artesanal, parecendo que após o feito da flor, a estria central do lóbulo fora feita.
As peculiaridades dos defeitos florais não passivos, são, quando decorrentes inaceitáveis infelizmente, e são agora por mim relatados, que são o estreitamento muito crítico de suas sépalas, e cuja estas no seu ápice se recurvam para traz dando-nos a impressão de pequenos grampos.
E o mais inaceitável seriam a dobra simétrica que muitas vezes ocorre nas suas pétalas deformando-as com sua nervura central muito acentuada e uma curvatura nas mesmas também.
As dobras nas pétalas muitas vezes a deforma de tal maneira que as descaracterizam.
O diâmetro das flores se quando pequenas demais também não coloca sua floração em destaque.
Bem, o tolerável na Cattleya Máxima não tirando suas características seria pouco estreitamento de suas sépalas e pétalas, e esta última sem nervura central acentuada, nem curvada para frente e nem com dobras irregulares.
O bouquet geral de armação de pétalas e sépalas quase que por igual em toda a flor.
A circularidade nem sempre se apresenta tão uniforme de uma variedade para outra, nem tampouco sua simetria, o que vem ser lhe característico.
Os tons geralmente são bem definidos, é uma espécie que uniformiza facilmente esse critério, nos satisfazendo ao olhar e bem definir.
Bem, amigos respeitando a espécie, muito foi e está sendo feito geneticamente para se obter porcentagens menores de defeitos e não caracteristicas que tem dado alguns resultados bons onde foram cruzadas albas com tipo, albas com albas, concolores com semi-albas obtendo-se boas tipos.
Textualmente devo dizer que é uma das Cattleyas estrangeiras que com mais poder e morosidade apreciativos devemos analisar, pois confundir defeitos passivos e caracteres florais seria um puro erro de nossa parte.
No momento, agradeço a atenção.
Obrigado.

Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

2 comentários:

Anônimo disse...

Ao
Circulo SãoCarlense de Orquidófilos

Prezados Senhores:

Venho por meio deste comentário parabenizar a Exposição Nacional de Orquídeas de São Carlos.
Meu nome é Tatiane Ferreira, sou da cidade de Maringá-PR-.
Sou orquidófila e fiquei sabendo da exposição de São Carlos pelo site da CAOB.
Já visitei muitas exposições de orquídeas pelo Brasil, mas nenhuma se compara a São Carlos.
Vamos dizer, deslumbrante, maravilhosa, coisa de 1º Mundo.
O único incoveniente foi a localização do evento e muito nbarulho pelos shows realizados no mesmo local.
Sugiro se possível separar a exposição de Orquídeas do restante das outras atividades.
Desejo a entidade e pelo que ví a Prefeitura Municipal os parabéns pela beleza e sucesso da mesma.
Estarei aí o ano que vem.
Falei para meus amigos orquidófilos de minha cidade que a exposição é divina e que tem que ver para crer.

Um beijo a todos dessa cidade, em especial aos orquidófilos e a Prefeitura Municipal.

atenciosamente.

Tatiane Ferreira

Anônimo disse...

Meu nome é Paula Gomes da Silva resido na cidade de Santa Rita de Caldas-MG- e fiquei sabendo por alguns amigos da exposição de Orquídeas de São Carlos.
Compareci nesta cidade juntamente com minha família e alguns amigos para conferir a exposição.
Resultado: Fascinante, maravilhoso, inesquecível.
Parabenizo os organizadores desta exposição pelo mérito que possui, porém o local é meio fora de mão, além de estar junto com outras atividades.
Muito barulho,mas mesmo assim considero uma das maiores exposições que já visitei.

Meus Parabéns

Paula Gomes da Silva e Família