quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cattleyas Estrangeiras- 1° Conceito Técnico

Olá, amigos, visitantes de nosso blog, esse pequeno comentário sobre as Cattleyas monofoliadas estrangeiras que irei retratar é apenas o inicio de uma série de notas e conceitos técnicos que irei esplanar daqui a diante nos textos de Cattleyas que julgo as mais expressivas em conceitos técnicos, em variedades cuja gama de variação é extensa e as tornam cada vez mais atraentes e destacaveis nos plantéis daqueles orquidófilos que especificamente as cultivam e as compreendem por serem plantas nativas de outros países e que aqui no Brasil facilmente se adaptam vindo a florescer com magníficas flores, mês a mês no ano, que nos deixam encantados nas exposições por onde quer que vamos pretigiar.
No mero conceito dessas Cattleyas eu tenho em minha coleção como sendo plantas tão fáceis e tão bem de adaptação quanto as nossas Cattleyas brasileiras, muito delas não entram em fase de regressão ou mesmo debilidades que as tornam de difícil cultivo, e com apenas algumas regras básicas se consegue um desevolver extenso em idade, e em vigor vegetativo muitas vezes melhor que nossas Cattleyas fazendo se tornar verdade a frase.
"Cultivar Orquídeas é Fácil"
Por serem parentes muito próximas de nossas Cattleyas, e nas matas de clima Tropical também, a América Central ( em parte) e a América do Sul são berços numerosos dessas maravilhas, acostumadas com diversas altitudes, um clima quente e as vezes pouco ou de alta umidade elas formam suas belas touceiras e procriam em matas que até os dias de hoje foram impossíveis de acesso ao ser humano.
As estações do ano determinam na maioria dos casos suas brotações, suas florações, as vezes quando trazidas ou mesmo cultivadas no Brasil e produzidas em laboratórios brasileiros florescem simultaneamente, dando a impressão de que são iguais em algumas espécies.
Os detalhes também criteriosos na concepção de desenvolvimento, aspecto estético das flores é que vem definir as belas e distintas peculiaridades de cada uma.
As coleções brasileiras estão repletas delas e na maioria vegetam lado a lado nos orquidários respondendo muito bem a aclimatação pela qual passa e a tratos de cultivo estimulantes como enraizamento, brotação com tamanhos satisfatórios de seus pseudobulbos e posteriormente boas hastes florais.
Eu vou citar algumas dessas Cattleyas que presenciamos costumeiramente em nossos orquidários em responder fascinante, no caso cito as Cattleyas Trianaei, Mossiae, Percivaliana,Warscewiczii (gigas), Máxima, Rex, Dowiana, Aurea, Jenmanii, Mendelli, Lueddemanniana, Gaskeliana,Quadricolor.
Essas citadas acima são plantas que religiosamente ano a ano possuem uma brotação e floração satisfatória, não perdendo de forma alguma suas características dentro de seus grupos e variedades num sial de Ótima resposta ao nosso cultivo.
As Cattleyas Trianaei por exemplo, em nossa altitude (São Carlos- acima de 800m ) emitem seus vigorosos brotos a partir dos meses de Setembro, Outubro, Novembro até Dezembro, e muitos clones dois pseudobulbos/ano onde chegam a bifurcar sem regressão de tamanho, o enraizamento se sobrepõe muitas vezes às nossas Warnerii por exemplo.
As florações da Cattleya Trianaei tem inicio no mês de Março, se estende até Junho e Julho, entrando fortemente com florações espetaculares em pleno tempo seco e frio, demonstrando sua ótima adaptação.
É de se notar o bom tamanho de suas bainhas, o vigor de seus pseudobulbos o que não causam grandes sulcos provocando desidratação.
O ciclo dos seus botões são perfeitos executam o sistema de giro e posicionamento na haste floral, perfeitos até o inicio de sua abertura que uma vez estaqueadas também abrem e maturam corretamente e por último estágio de maturação o posicionamento dos segmentos florais em etapas, vindo a flor se armar completamente após pré-posicionamento das suas sépalas e pétalas e a tonificação final de seus tons.
A flor nacional da Colômbia parece apreciar muito bem o clima adverso muitas vezes aqui na região, gosta desse esquenta- chove-esfria que todos os dias ( na maioria do ano) ocorre em São Carlos e região.
A abertura precoce dos botões ou mesmo o aborto dos mesmos dentro da bainha não ocorre, o que já em muitas outras Cattleyas não é tão dificil de acontecer devido à esse incessante choque térmico.
Mostra-nos mais uma vez a sua rusticidade e resistência, faz inúmeras bifurcações sem regressividade ou desenvolver de forma lenta, ao contrário, as divisões de uma única planta é sempre possível desde que executados de forma correta e no tempo certo.
Se uma Cattleya Dowiana aqui se consegue replantar e obter mau resultado se não for feita apenas a incisão de rizoma na época certa, a Cattleya Trianaei possa a vir ser feito de Setembro a Dezembro, com pleno êxito onde o pseudobulbo dianteiro, já muitos espatados, estão formados preparados para as florações.
Como se vê, há diferenças expressivas entre uma e outra, basta apenas notar seus ciclos e respeitar as diversidades do tempo.
A Cattleya Trianaei enraiza muito bem na fibra de xaxim, em casca de peroba, em casca de pinus tratado e em casca de macadâmea adicionando-se pouca porcentagem de carvão.
A queima de ponta de raiz é nula nas cascas, já o xaxim ela requer um bom índice de Ph, como via regra geral a maioria das Cattleyas requerem.
A Cattleya Trianaei originaria das matas da Colômbia assim como sua parente mais próxima a Cattleya Shroederae possui com essa co-irmã algumas adversidades, a principal que destaco seria a forma técnica da flor da Cattleya Shroederae que embora grande de diâmetro tanto quanto a Trianaei, apresenta um bouquet de boas pétalas arredondadas mais acentuado, as sépalas dorsal e inferiores reclinam-se para traz, o que é típico da espécie, e dona de um tubo e labelo formidável bem arredondado, franjado no bordo, cuja emissão de flores vai de Julho a Setembro em variedades semi-alba, tipo, concolores que variam do concolor claro ao semi-anelado escuro; e presenciei a floração de semi-albas aquinadas com pouquissíma recurva de sépalas.
A Cattleya Shroederae é exemplo típico expressivo do bouquet de pétalas peculiar e pouca apresentação de colo do tubo do labelo.
Planta forte e robusta, altiva, faz presença distinta em colecionadores e experientes, e que realmente valorizam e respeitam a armação e forma técnica dessa bela Cattleya.
Em visita a cidade de Piracicaba, lá no orquidário do meu professor Francisco Cava Cano, presenciei muitas Cattleyas Shroederae em floração muito boa adaptadas em vasos e placas peroba onde sem distinção das duas adaptações as plantas vegetam muito bem sem reduzir dessa maneira a qualidade técnica de suas flores.
Somente tenho a ressaltar que só vê duas Cattleyas Shroederae alba em exposições, desconheço se seria uma variedade mais rara dentro dessa espécie.
Bem amigos, quer uma quer outra, ambas as Cattleyas são exuberantes em florações e cada uma bem distintas em circularidade, simetria, bouquet de pétalas, matizes em suas variedades, mas ambas de fácil cultivo e adaptação à um sombreamento de 60% a 70% sob regas periódicas normais, sendo a Shroederae requerente de pouco menos regas pós-floração que a Cattleya Trianaei. Parentes bem próximas mas com peculiaridades suavemente distintas.
Um abraço.
Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

3 comentários:

Anônimo disse...

Caríssimos,

Li esta reportagem no blog desta entidade e fiquei muito curioso, ao mesmo tempo amigos meus orquidófilos falarem da exposição de orquídeas desta cidade.
Fiquei impressionado pela beleza e a quantidade de cidades que estavam na exposição.
Congratulo com a entidade pelo feito e dou os parabéns para Prefeitura Municipal de São Carlos pelo evento. Em poucas palavras maravilhoso, viajo muito para conhecer exposições e fiquei impressionado pela grandeza, já viajei para várias exposições do Brasil, inclusive Rio Claro, mas sinceramente não se compara a exposição de vocês com Rio Claro,fui muito bem atendido pelo um sócio de vocês, acho eu, com camiseta amarela, e o mesmo foi muito atencioso e educado ao dar algumas explanações sobre algumas plantas, coisa que a vizinha cidade de Rio Claro vive só com o nome, pois seus associados são arrogantes e se diz bam bam, mas a educação e a cortesia com o visitante não existe.
Meus Parabéns a essa entidade e a Prefeitura Municipal de São Carlos.

Muito Obrigado.

atenciosamente

Paulo Krass- São Bento do Sul-SC-

Anônimo disse...

Bom dia.

Adorei a reportagem sobre o conceito técnico sobre as Cattleyas estrangeiras, e ao mesmo tempo compareci na exposição de orquídeas de São Carlos realizada neste último fim de semana.
O que eu posso dizer foi maravilhoso, moro em Indaiatuba-SP-, e nem Campinas com uma população de mais de 1 milhão de habitantes possui uma exposição deste nipe.
Meus Parabéns a todos desta cidade pela realização desta exposição.

Um Abraço.

Maria Fernanda Gouveia
Indaiatuba-SP-

Anônimo disse...

Venho através desta postagem congratular a associação orquidófila de São Carlos, pela realização da exposição nacional de orquídeas.
Minha irmã mora em Descalvado, e fui visitá-la neste último fim de semana e fui até São Carlos.
Maravilhosa, Deslumbrante, magnífica, moro em Nova Ponte-MG- e costumo ir em exposições aqui em Minas Gerais, como Uberaba, Belo Horizonte, Juiz de Fora, mas em nenhuma delas se compara a exposição de vocês.
O ano que vem estarei aí de volta e se possível levarei comigo alguns amigos, pois é sensacional.
Parabenizo a todos desta cidade, em especial o Núcleo orquidófilo desta cidade e a Prefeitura Municipal pelo evento.

atenciosamente.

Paula Nunes
Nova Ponte-MG-