terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Iniciante na Orquidofilia Parte I

Olá, amigos, expoentes em amor as nossas orquídeas, vocês, especialmente vocês, devam ter algo dentro do coração que é a esperança, esperança essa em dias melhores, num planeta muito melhor e mais natural, e por falar em natural, é um prelúdio ao leigo com relação às flores, eu como alguns vários de vocês também tive o meu início, o meu amor sem limites pelas orquídeas em especial
Há anos atrás eu dizia à um amigo já falecido que eu jamais teria orquídeas pois demoram muito para florir e são difíceis de cuidar.
E algum tempo depois, foi numa pescaria lá no rio Quilombo no Distrito de Santa Eudóxia à uns 50 quilômetros de São Carlos, onde naquela manhã de sábado estavam eu e mais três amigos que também pescavam.
Para mim, pelo menos, a pescaria não ia bem, peixe algum queria saber de se enroscar no meu anzol.
Após umas horas cansativas de tentativas frustradas, eu deixei de, pescar de uma vez e os deixei lá pescando, peguei uma sacola plástica e fui andar pro meio daquele mato fechado.
Depois de uns minutos mata à dentro encontrei apegadas à pequenos galhos e troncos caidos ao chão, umas pequenas plantas esquisitas e neles enraizadas.
Não sabia eu se eram orquídeas ou não, pensei parasitas, não tinham flores.
E a curiosidade foi maior!
Comecei a pegar os pequenos galhos e troncos caídos no chão quase que aprodecidos pela umidade, e coloquei aquelas parasitas estranhas na sacola.
E quanto mais andava, mais achava, umas diferentes de outras; curioso eu achava.
Bem, ao voltar ao encontro deles, o caro amigo pescador, que já era colecionador de orquídeas me interpelou dizendo:
Gilmar, isso que você carrega na sacola plástica são pequenas orquídeas, jamais parasitas.
E ele continua:
Retire-as do galho e troncos podres e as fixe em placas de xaxim vendidas nas pecuárias, pendure-as debaixo de árvores lá no seu quintal, regue regularmente e verás lindas florezinhas em breve.
E eu, naquele instante fui contaminado pelo vírus das orquídeas, ou melhor, pelo afeto e carinho de cultivar, e fiz o que ele me dissera.
Chegando em casa, comprei as tais placas de xaxim e fiz o que ele havia dito, e dentro de dois a três meses vi com lupa as pequenas florezinhas, eram, Oncidium Pulvinatum, Rodriguesia Decora, mini Pleurotalis e outras que na época não consegui classificar.
O interessante:
Na segunda-feira fui todo eufórico no mercado municipal junto com outro amigo, já falecido, que me instruiu à comprar híbridos, Phalaenopsis e um vaso de Oncidium Varicossum.
E pra finalizar e resumir, daí para frente nunca mais deixei essa paixão a de cultivar Orquídeas com racionalidade,prudência e sabedoria; ah! e ainda, paciência, muita paciência que são qualidades que eu até então não possuia.
Hoje as orquídeas na minha casa fazem parte da família, meus pais, minha filha e minha esposa apreciam e tem amor pleno a elas.
Foi uma reviravolta de 180° na minha cabeça, e veio para o bem, eu era pretencioso, intolerante, impaciente e mal educado, mas não sabia que algo faltava dentro de mim, um prazer tão belo, tão nobre o quanto vem a ser a Orquidofilia.

Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

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