segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Destaques das Exposições 2010

Olá meus caros amigos do nosso blog, mais uma vez estou aqui escrevendo para vocês, a meu ver, as mais destacáveis exposições que visitei no ano de 2010.
É de meu conhecimento que todas as exposições estavam lindas este ano, algumas mudaram de recinto, outras datas, por força de motivo maior, mas nada, absolutamente nada que as prejudicassem, o contrário aconteceu, mais cidades delas participaram tornando-as belíssimas.
O ítem também que se destaca nesses eventos são as diferentes orquidáceas em seus grupos de gêneros e espécies floridas que se apresentam, pois as diferentes épocas do ano favorecem esse acontecimento.
Nossas cidades tem se esforçado ao máximo para proporcionar belíssimas plantas à mostra, uma organização muito boa e sem dizer que em todas elas que visitei, é de se notar a ótima receptividade, atenção e o carinho de nossos associados anfitriões.
Que pena que lá na cidade de Londrina no Paraná seja a última exposição do ano de 2010, tudo isso até a espera do mês de Fevereiro de 2011 vai dar muita saudade.
Mas, ficaremos anciosos pelo reinicio da temporada das exposições Nacionais, a qual se inicia com a cidade de Leme-SP-.
Para que uma exposição se faça respeitar e ser muito bem visitada, muito bem dita, é o que estamos vendo acontecer, os associados se unem numa única família, numa única força de vontade e dedicação, e não medem esforços para serem prestativos e atenciosos para com as cidades convidadas.
Os grupos de amigos que se reunem nesses eventos, perpetuam dessa forma a Orquidofilia, são crianças, adolescentes, jovens, senhores e senhoras que num único objetivo se lançam de corpo e alma para o máximo agradar.
Parabéns, à todos, por mais pequena que seja a cidade, as exposições estão cada vez melhor, por mais grande que seja a cidade anfitriã, as suas exposições estão cada vez melhor.
Um forte abraço as cidades que com muita luta, muitos esforços, promoveram através de suas exposições um encontro tão digno, tão real, tão satisfatório e feliz de todos os associados de todas as cidades.
Eu vou citar por exemplo, algumas dessas cidades que me deixaram saudades, são elas:
- Pirajuí, Catanduva, Votuporanga, Rio Claro, Limeira, Americana, Piracicaba, Guará, Jaboticabal, Matão, e as inesquecíveis Uberaba e Guaxupé e por último a querida cidade de Sorocaba.
A ansiedade de voltar a viajar para essas localidades é muito forte, vou citar algumas: Guará e sua potencialidade das Cattleyas Walkeriana, e sua belíssima exposição, Piracicaba por ser um centro de conhecimento de Cattleyas e seu Engenho maravilhoso, ao lado do Rio Piracicaba, e a ótima pessoa do Sr. João e seu grupo de amigos associados.
Matão, pela receptividade e troca de conhecimentos com o meu amigo Lúcio.
A exposição de São Carlos tem sido nos últimos anos mais ainda abrilhantada com a participação de todas as cidades que aqui tiveram com suas belíssimas orquídeas.
O meu muito obrigado à vocês que aqui estiveram no mês de Abril de 2010. Prometemos melhorar ainda mais esse evento que é a nossa Exposição.
Novidades sobre palestras, sobre novos vendedores, e a manutenção de alguns deles também.
Muito Obrigado e aguardamos a presença de todas que aqui estiverem no próximo mês de Abril de 2011.
Agradecemos em especial à Prefeitura Municipal de São Carlos que não mediu esforços para nos acessorar e realizar essa magnífica exposição, em especial à Secretaria da Cultura e ao Prefeito Oswaldo Barba.
Enfim, vem as festas de fim de ano, descansamos um pouco, junto as nossas famílias, mas em breve se reinicia a nova jornada de viagens às Exposições das cidades que com muita garra, fazem evoluir a Orquidofilia.
Até Là.........

Gilmar Julaik
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

Nossa São Carlos

A capital da Cattleya Estrangeira, faz jus à esse seu recente título, sim, porque pela altitude, pelas estações do ano não tanto rigorosas nos dias de hoje e, principalmente servida de adversidade climáticas em períodos que deveriam ser tão rigorosos, a nossa São Carlos ainda tem por vantagens a de possuir uma água de ótima qualidade para as orquídeas.
Olá meus caros amigos, eis que venho expor casos de formas técnicas débeis adquiridas em outras localidades e estas plantas chegam aqui no orquidário, como já citei anteriormente e após um ano de cultivo aclimatadas, respondem com flores muito melhores, sem a presença de adubações somente sob a ação climática variável.
Bem, visto à esta enorme vantagem, eu diria que nós somos privilegiados no cultivo de muitas espécies estrangeiras, pois aqui florescem muito bem, as Cattleyas Trianaei, Mendelli, Shoederae, Percivalina, Luedemanniana, Máxima, Aurea, Gaskeliana, Dowiana, Rex, Quadricolor, Jenmanii, a nossa Labiata, Warnerii.
Bem, alguns problemas de cultivo e florações também ocorrem com algumas Mono e Bifoliadas como Cattleya Wallisii, Cattleya Shileriana, Aclandiae, Forbesii, Loodigesii, Nobilior, e em menor porcentagem de insucessos a Walkeriana.
Algumas Hadrolaelias também se cultiva com êxito, as Pumilas,Praestans, Sincorana, e entre outras, as brasilaelias Purpuratas e Lobatas quando muito bem cultivadas, essas duas últimas mais criteriosas que as demais.
O fator Fótico, ou seja, o ponto fótico das orquídeas requer que a planta produza glicose o suficiente para se manter num repouso pós floração e antecedendo as mesmas, esse equilíbrio entre luz, umidade relativa do ar, fotossíntese perfeita não é tão fácil assim de se conseguir, mas não é impossível, sabendo-se ainda de ante - mão que as Cattleyas Monofoliadas e Bifoliadas requerem um índice de Ph muito próximo do neutro ou seja 6,5 a 7,0 pontos, isto na somatória entre água, adubo e substrato.
A luz e a umidade local e atmosférica são os principais fatores responsáveis pelo êxito de enraizamento, brotações e florações; deduzindo -se que adubação é muitas vezes, cito de modo geral, algo não tão atuante no desenvolvimento, claro cito no meu caso específico.
Se muitos foliares (adubos) apenas amarelam folhas ou as esverdeiam demais, prejudicam muitas vezes a desenvoltura vegetativa mas forçam as plantas à emitirem muitas flores o que prejudica a forma técnica e uniformidade nos diâmetros das flores.
Outros casos porém, ajudam os adubos orgânicos até uma certa etapa, um certo período, logo após deterioram o substrato, no caso fibra de xaxim, ou mesmo a terrível fibra de côco.
Parece então, meus amigos que não temos muita opção, muitas novidades lançadas no mercado deram errado e muito errado, causando até perdas de exemplares significativos de coleções.
Muito se ouvem falar do fracasso da casca de côco, da fibra de côco, do pinus sem tratamento e outros.
Diante disto ou daquilo, o que impera sobre um bom cultivo e finalmente o que defino como um cultivo com luz aereação correta, umidade aérea correta e uma ótima ventilação.
Não implica, esses insucessos ocorridos em meu plantel e o de outros associados, que os adubos não são coerentes com aquilo que prometem fazer, afinal somente um engenheiro agronomo poderia dizer se este ou aquele adubo seria o ideal.
Mas, sobrepondo todo aquele conhecimento perspicaz de anos de estudo pelo qual esses profissionais passaram, eu devo afirmar que a experiência dos anos de cultivo que tenho, me levam a crer que adubos não fazem milagres, o que há são melhores e piores produtos.
Lá nas matas as espécies fazem a sua nutrição química natural através de material em decomposição no caso absorção radicular, mais a soma de uma aspiração e respiração perfeitas, e ainda não sofrem o ataque de adubos, inseticidas e fungicidas, elas próprias criam imunidades e certas resistências à pragas e doenças naturalmente.
Ao envasá-las desprovemo-las de tais vantagens próprias e a niquilação vegetativa é fato real, principalmente após cortes capazes de stressar e as debilitar.
O papel dos adubos são de amezinar tudo isso, de tal maneira que a orquidácea vegete com sucesso durante seus poucos três, quatro ou cinco anos num mesmo recipiente, vindo a sofrer novos cortes, novos replantes e aí o circuito de cuidados se reinicia.
O que eu notei nesses anos todos de minha convivência com as plantas  é que após um auge de floração ou seja, muitas flores e frentes vegetativas diversas, o exemplar se esgota um pouco para o  próximo ano, e não são os adubos que as consegue fazer superar essa triste fase, e sim procedimentos de aclimatação melhores como, mais ou menos luz, mais ou menos regas.
No caso das Seedlings como já o disse anteriormente eles ajudam muito, mas sempre com cautela, pois o crescimento e as bifurcações anormais na planta ( seedlings) deve e é sinal de que terá um desenvolvimento mais lento.
Todos nós já sabemos que boas seedlings são aquelas que enquanto crescem, façam uma única frente vegetativa, e a sua brotação sempre regrada, sempre na mesma época do anao.
As que se entouceiram e diminuem ou mantém a altura de seus pseudobulbos são geralmente plantas em fase de desenvolvimento lento precisando de mais atenção de nossa parte.
Como venho por meio dessas experiências dizer a vocês o que ocorre, é que venho validar a frase que muitos já leram em panfletos e escritas.
"É fácil cultivar Orquídeas".
E esse meu concluso texto me leva cada vez mais a crer que: quanto menos intoxicarmos nossas orquídeas com produtos mirabolantes, melhor.
Pois é muito mais fácil as prejudicarmos com excessos do que com as faltas inclusive as nossas irregulares regras.
Perceber o desenvolvimento de nossas orquídeas é nossa obrigação, o que não implica dizer que:
"Nunca usem produto algum em suas Orquídeas.Verificar os resultados deles sim, é nosso direito.

Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Julgamento Técnico de Cattleyas Monofoliadas

Prezados amigos, visitantes do nosso blog, prazer em descrever para vocês algo ainda mais criterioso sobre o julgamento das Cattleyas Monofoliadas, cuja a experiência de anos e anos observando florações por onde quer que eu estive, preciso relatar para vocês as polêmicas do julgamento apreciativo.
Em exposições, os tais Podiuns, eu creio que tenhamos todos que dialogar à respeito, pois muitos deles tenho visto que são plantas com apenas duas flores embora tecnicamente boas à razoáveis se encontram bem pontuadas e no Podium.
O que não implica adversadamente o que eu quero dizer, sim, há muitas plantas merecedoras mas há ainda a presença das que não são exemplares dignas de premiação máxima.
O material apresentado nas exposições como eu já havia dito está decaindo com o passar dos anos, o que é lamentável.
Ora, se não temos material disponível para este tipo de premiação máxima, não devemos, creio eu, colocar em destaques plantas com apenas duas flores, no caso das Cattleyas Monofoliadas ou mesmo devemos partir para a idéia mais justa, a de dar essa premiação especial à plantas que façam juz mesmo nativas, divergentes um pouco das de melhores formas técnicas.
Um Exemplo:
- Se numa exposição não temos Cattleyas Trianaei com forma técnica aceitável, mas temos uma Cattleya Trianaei entouceirada, bem cultivada, no aspecto fito-sanitário muito bom, e que apresenta seis ou mais flores bem armadas, estaqueadas, com uma boa apresentação, o porque de não colocá-la no Podium, se possui uma forma técnica razoável e se apresenta muito bem aos olhos de quem julga e aprecia.
Seria justiça colocá-la no Podium, pois além de ser uma nativa, sem nenhum melhoramento genético algum, seria uma planta oriunda de outro país onde sua aclimatação, seu dimorfismo é mais ou menos adverso do nosso clima, da nossa altitude, seja óbvio que variações hão de ocorrer, seria uma maneira de se incentivar os orquidófilos que cultivam plantas entouceiradas com seis, dez, vinte, trinta ou mesmo quarenta  flores.
Resumindo a idéia seria um Podium muito mais expressivo e presente que ao invés disto presenciarmos uma Cattleya Trianaei ou outra Cattleya monofoliada qualquer com apenas duas ou três flores boas mas pobres na inflorescência ou se coloca em Podium plantas vigorosas, sadias,mesmo com flores pouco menos boas de forma técnica.
É uma maneira de se manter a espécie nativa "viva" na mente e na visão aprendizada desde aquele leigo que apenas visita uma Exposição com aquele mais criterioso como os juízes, orquidófilos e porque não dizer os orquidólogos também.
Essa idéia retrógrada e repetitiva de que se tem sobre a espécie equivalente a um híbrido permanesce até os dias de hoje, e é isso o que causa, em muitas Cattleyas monofoliadas deixadas de lado, sem merecimento algum, embora verdadeiras touceiras e se coloca em realce plantas não desmerecedoras, é claro de pontuação expressiva, mas são elas colocadas acima, em Status dentro de uma exposição.
Conseguir ótimas plantas e entouceiradas é ótimo, e se conseguir boas à medianas plantas entouceiradas, não vem a ser nenhum critério depreciativo.
A solução Seria:
Na atualidade, a preservação do meio ambiente é primordial em todas as direções, em todas as áreas que se possa imaginar, o homem nunca se preocupou tanto com o bem estar da casa onde mora, o planeta, como nos dias de hoje.
É de nosso conhecimento, a degradação e extinção ininterrupta de grandes áreas onde as orquidáceas estão sendo massacradas, extintas de uma única ação, que é a ganancia e soberba do homem, não só no Brasil, mas no Mundo todo.
A flora, nunca foi tão drasticamente abalada como agora, ela não é nossa inimiga, o contrário, ela é vital à nossa sobrevivência.
Que tal senhores juízes, apreciadores, orquidófilos, colocar nos Podiuns de Cattleya Monofoliadas, as espécies estrangeiras e nacionais separadamente para que nossas exposições fiquem mais belas ainda que já o são, e desta forma fazer lembrar aos visitantes, aos leigos, aos iniciantes, e a nós próprios orquidófilos associados à consciência que essas belas touceiras de Cattleyas devam ser preservadas e agora as apresentarmos com muito júbilo, com muito carinho cultivadas, preservadas, o que vem a ser nossa pura obrigação.
Seria uma maneira também, muito mais clara de incentivar o iniciante, pois ele vai passar à interpretar da seguinte forma, se eu cuidar bem da planta e ela vir à entouceirar como esta que vejo, ficarei satisfeito em ter várias delas no meu ambiente de cultivo.
Desta maneira meus caros, nós os mais experientes, teremos mais um atributo, o de preservar e salientar nas exposições, o que lá nas matas se encontram sem nenhum admirador.
É um caso para se pensar, e pensar sério, e não venha ninguém me dizer que isto já esteja ocorrendo pois não está.
Por um outro lado dessa visão, as Cattleyas monofoliadas tanto brasileiras como estrangeiras que se apresentem em exposições com duas ou três flores e com um bom critério técnico receberiam suas notas merecidas, nos aspectos julgatórios que hoje já são realizados, elas não iriam para o Podium, ou como eu mesmo disse, iriam para um segundo Podium principal não desincentivando quem não quer que sua orquídea entoucere, apenas poucos pseudobulbos com duas três ou quatro flores, mas de boa forma técnica.
A febre por Podiuns e destaques passa a ser prejudicial numa visão geral dentro da Orquidofilia, a meu entender, Podium é pura consequência, de uma boa aquisição, apresentação, cultivo, e aclimatação-trato.
Aos amigos, meditem sobre esse meu breve relato.
Um abraço.

Gilmar Juliak
Diretor Técnico e Sócio do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"Cattleya Warnerii", A Capixaba, Mineira, Brasileiríssima por Nobreza e Imponência

Visitantes, amigos do nosso blog, é como muito prazer e emoção que passo a falar sobre a nossa Cattleya Warnerii, onde ocorre mais nas matas dos Estados de Minas Gerais e Espirito Santo principalmente, e que outrora por seus descobridores e registrantes fora confundida com a nossa Cattleya Labiata, e que época de floração, porte vegetativo, forma técnica diferenciada, o perfume, as bainhas etc..., fizeram com que essas notáveis cattleyas fossem melhor analisadas e descritas.
No Brasil, muito bem cultivada, os clones famosos como a Semi-Alba Itabirana, a Alba Colossus, as Tipo, as Coeruleas, a suave Santa Tereza entre outras inúmeras reconhecidas mundialmente.
A planta de porte baixo a média altura com uma única folha posicionada à praticamente próximo a 90° de seu pseudobulbo, vegeta e prospera bem aqui em nossa região, cito São Carlos acima de 800 metros acima do nível do mar, num clima rigoroso e bastante adverso no dia a dia, sua brotação inicia-se por volta de Setembro a Outubro, com brotos vigorosos, requerendo regas bem espargidas e copiosas, logo após a formação das folhas novas, menos regas, somente a da chuva no caso dos telados, e isso sob uma areação muito boa, umidade relativa do ar em torno de 50% a 60% e ainda sob uma luminosidade de 60% a 70% de sombra.
Desenvolve-se melhor quando o novo pseudobulbo cresce fora ou na borda do vaso, em cachepôs não vai tão bem, pois suas raízes requerem um pouco de umidade contida, ou seja, maior demora na secagem do substrato.
As seedlings se desenvolvem bem em substratos de fibra de xaxim sem sfago adicionado, com a adição de um adubo radicular, granulado ou pó, e o que constatei é que quando pequenas apreciam vasos não tão largos de boca, indiferentes se de plástico ou cerâmica, e este com bons furos laterais e no seu fundo.
Aqui para mim, elas não requerem nenhum tipo de adubo foliar para crescimento, apenas uma aclimatação perfeita.
Evitar sempre que possível os piques em hora errada no seu rizoma, pois para dividi-la é necessário a emissão de fortes raízes dianteiras, um broto de 8 cm a 10 cm de altura.
Geralmente não retiro uma trazeira de Cattleya Warnerii sem que esta esteja já desentumescido sua gema frontal e ou, fico no aguardo de sua brotação. Retiro a parte dianteira com no mínimo de 4 a 5 pseudobulbos e executo o envase.
A parte trazeira fica no vaso antigo onde prospera, até sua recuperação do stress provocado pelo corte, eu apenas completo o substrato até o nível da borda do vaso onde deixo medrar.
As seedlings, retiro dos vasos pequenos e apenas transfiro-a para um vaso pouco maior completando seu substrato e a deixando desenvolver por dois ou três anos ainda.
A Cattleya Warnerii, não aceita muito o corte para desenvase, ela ( a trazeira) chega após a incisão, desidratar seus pseudobulbos de tal maneira que penso que irei perder a planta.
Tive para comigo uma experiência nada fácil, onde cultivava as Warnerii a 50% de luz e com regas abundantes, no caso de seedlings e adultas o problema foi o mesmo, amarelamento das folhas trazeiras e uma acentuada desidratação até o penúltimo bulbo.
As inflorescencias naquele ano foram até boas, flores grandes, bem armadas, não diferenciando se Albas ,se Coeruleas, se Semi-Albas, se Tipo.
Agora cultivadas ao lado da Cattleya Labiata e Cattleya Trianaei a uma luz de 70%, com tela de sombrite mais específica, a desidratação quase se anulou, o enraizamento e as florações se deram muito bem.
Claro, amigos, ao meu entender é primordial a aclimatação das espécies quando cultivadas fora de seu habitat, os adubos resolvem em parte, uns proporcionam bom enraizamento mas não aumentam a altura dos pseudobulbos e folhas, já outros progridem a parte vegetativa, mas, prejudicam ao meu ver e constatação as florações, ou seja, as plantas não só de Cattleya Warnerii mas de outras Cattleyas monofoliadas, resultam em flores pequenas e em mais número por haste que o normal.
Quem nunca adquiriu em exposições ou mesmo no mercado popular, plantas em que seu crescimento é impressionante, os novos bulbos crescem bem maiores que seus antecessores, e isto, repito, é o excesso de adubação em nitrogenagem ou outros meios que o produtor usa para rapidamente vender seu produto.
Quem paga o prejuizo no decorrer dos anos?
Resposta: a própria orquídea intoxicada.
No orquidário há seedlings e adultas de Cattleya Warnerii, possuo apenas umas 30 plantas, mas que passaram por extensas seleções técnicas na qual fui obrigado a fazer muitos descartes após 3 ou 4 anos florindo o mesmo exemplar.
Características técnicas da flor da Cattleya Warnerii consiste em ser boa de diâmetro em todas as variedades, a armação mostra pleno alinhamento lateral das sépalas que não são tão estreitas, onde não há arqueamento destas que nos obrigue à descartes desnecessários.
Nota-se numa boa Warnerii um bouquet de armação de pétalas e cujas estas são em alguns clones mais estreitas que das Cattleyas Labiata.
As pétalas por sua vez não apresentam ápices ponteagudos ou presença de flanjados que prejudiquem a sua planicidade.
O colo do tubo presente nas pétalas se intensifica no comprimento em alguns clones e cruzamentos, chegando até 30% ou 40% sendo este último vindo a ser um defeito não passivo.
Esse tipo de Cattleya geralmente possui flores de boa a ótima forma técnica, analisando por exemplo seu belíssimo labelo que em muitos casos é arredondado flanjados no seu bordo tanto para Albas, Coeruleas, Concolores e Rubras.
O labelo também se apresenta um pouco menor e flanjado em todo o seu contorno do lóbulo frontal, o que não demonstra ser defeito grave, mas sim peculiaridade dentro da espécie.
UM ALERTA !
Muitas Cattleyas Unifoliadas fazem uma drástica derrubada de folhas quando retiradas do Orquidário do cultivo do produtor para o nosso.
Esse fator, ao meu ver que fique bem claro, é problema fitosanitário adquirido no cultivo de origem e tanto é verdade que o problema desaparece com o passar dos anos cultivando-as normalmente.
Aqui no orquidário, as Cattleyas Warnerii já floriram, embora tive plantas cortadas para fins de dois exemplares ou trocas o que vem a provar para meu próprio conhecimento que essa Cattleya apresenta flores ruins durante 4 a 5 anos após sofrerem incisões e envases.
Um dos cruzamentos que possuo e que é de ótima qualidade técnica é a Cattleya Warnerii Suavíssima Ricardo Bells x Cattleya Warnerii Semi-Alba Lucilo Leite e que resultou em Semi-Alba Orlata Aquinada nas pétalas, cuja flor é bem arredondada e simetricamente perfeita, um bom bouquet de pétalas característica da espécie.
A flor é bem fechada e sem vãos quase cruzando pétalas e de um labelo vinho escuro bem arredondado e flanjado, já o aquinado se repete ano após ano no ápice das duas pétalas tornando-a graciosa.
Suas sépalas, largas, sem arqueamentos que depreciam tecnicamente a flor.
Numa visão frontal, a flor é cheia, sem vãos, bem circular e expressiva pelo contraste do albo leitoso de suas pétalas, sépalas e tubo ( na parte externa), não possui nuance algum em qualquer tom.
O exemplar foi adquirido por mim, há dez anos na Exposição de Americana, lá do orquidário Quinta do Lago.
Cattleya Warnerii Pseudo-Alba, outra aquisição bem sucedida na Exposição de São Carlos 2006 do Orquidário Primavera de meu amigo Darlan, lá de Matheus Leme em Minas Gerais, a variedade Pseudo-Alba é por mim claramente e distinta como Albescens Suave ou Delicata como algumas variedades de Cattleya Trianae, boa de forma, bem arredondada sépalas e pétalas bem postadas, leve arqueamento de sépala dorsal, pétalas largas sem dobras e nervuras onde o sopro roseo-claro se confunde com um albo também de nuance imperceptível.
O tubo e o labelo totalmente esbranquiçados, no lóbulo frontal o albo  com sopro roseo-claro.
A planta vegeta bem, sem regressões inesperadas, folhas verdes bem claras, floresce em novembro.
Na atualidade, muito está e foi feito em prol da manutenção da vida desta bela epífita capixaba-mineira, cruzamentos entre elas mostraram boas e excelentes melhoras, já nas auto-fecundações pelo que tenho visto pouco progresso, mericlonagens sim, resultam melhor o que realmente deve ser a Cattleya Warnerii.
A mericlonagem de alguns que conheço, não degrada de forma técnica a Cattleya Warnerii, ao oposto, muitas plantas clonadas filhas portanto, dão melhores formas técnicas que a própria matriz.
Um dos clones que pretendo ainda perseguir para aquisição é a Cattleya Warnerii Semi-Alba Itabirana, de uma armação e um semi-albo fantásticos, claro digo, vendo a espécie como espécie, não que seja uma BC Pastoral x Cattleya Nerto PV", por exemplo.
Cuidados são necessários nas aquisições de plantas suspeitas como Cattleyas Warnerii cruzadas com Cattleyas Gaskelianas, pois ambas florescem na mesma época praticamente e resultam plantas com pseudobulbos finos e alongados demais, folhas pouco largas e quase não postadas à  90° (aproximadamente) do seu pseudobulbo.
As flores resultam ao nosso olhar crítico, algo de Warnerii, algo de  Cattleya Gaskeliana.
Bem, suspeitar sempre é bom, verificar vegetação, floração, perfume e tecnicamente falando jamais a flor vista frontalmente lembra Cattleya Warnerii seja ela de qual variedade for.
Alguns exemplos notórios:
Cattleya Warnerii Alba Castro, Cattleya Warnerii Semi-Alba Itabirana, a Cattleya Warnerii Concolor Jandira, a Rubra Superba, a Cattleya Warnerii Alba Colossus, a Cattleya Warnerii Coerulea Hector Gloeden e Suzuki; algumas tipo sem referência de clone também são muito boas e cito um cruzamento muito bom lá do meu amigo Jordão da cidade de Rio Claro-SP- a Cattleya Warnerii Suavísssima Ricardo Bells x Cattleya Warnerii Alba Shusteriana de flores tipo, de grande diâmetro, simetricamente muito boa, com labelo pouco largo e encrespado, em todo seu bordo, de tom lilás claro ao médio e de labelo vermelho- purpureo com ou sem estria central no lobo do labelo.
Um belo Pesadelo.
Há muitos anos cultivo uma seedling semi-adulta de Cattleya Warnerii tipo Rolfs,a planta crescia e definhava com o seu longo desenvolver " a Atarracada", vindo num último ato de desespero de minha parte, passá-la pelo quarto replante sem nunca ter florido e ao menos colocado algumas poucas raízes.
A planta desidratava há anos, não enraizava, perdia algumas pequenas folhas, consegui neste quarto replante em fibra de xaxim e em vaso plástico que a Atarracada emitisse uma espata floral regular.
As esperanças de vê-la florir antes que sucumba de vez, aumentara, e o criador ouviu as minhas preces, suplicas desse humilde orquidófilo sofredor.
Em meados da segunda quinzena de Outubro, a Atarracada Rolfs finalmente floriu.
E aí? você me pergunta também creio que aflito.
Com uma única flor bem redonda lilás média de labelo vinho quase cruzando pétalas, boa de sépalas e dotada de um diâmetro médio, claro depois de anos de espera e sofrimento só podia dar flor pequena, mas o meu coração se encheu de alegria ao vê-la imponente numa haste floral sem tutor algum. Boa, muito boa, e tem gente querendo a trazeirinha da Cattleya Warnerii tipo Rolfs. Valeu, e olha, ela já coloca novas raízes.
Amigos, queridos amantes da natureza e da Orquidofilia em especial, prometo ainda voltar a falar sobre a Cattleya Warnerii de suas belezas de seus detalhes de sua nobreza, aliás não poderia ser  ela diferente disto pois endemica do Espirito Santo e Minas Gerais só teria que resultar numa Princesa brasileira de alta nobreza e estilo.

Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Julgamento das Espécies

Em Destaque as Cattleyas Monofoliadas brasileiras e as Estrangeiras.

Amigos, visitantes do nosso blog, admiradores da família das Orquidáceas, a maior do reino vegetal do planeta.
Apresento a partir de agora, antes de iniciar apreciações das Cattleyas Warnerii (brasileira) e as estrangeiras de modo geral, um comentário crítico apreciativo sobre o que realmente vem a ser o julgamento técnico das espécies ( nativas) e seus cruzamentos.
De modo geral as espécies, segundo minha experiência, muita leitura, após anos e anos de absorção de conhecimento, as espécies tem sido martirizadas e injustiçadas quanto ao quesito julgamento técnico, desde décadas atrás até os dias de hoje, formando-se desta m,aneira confrontamentos ideológicos que nunca se alinham ou definam um consenso sobre o que vem a ser uma boa Cattleya que ao nosso ver não vem a servir para nosso plantel.
Se ao depararmos com uma boa Cattleya monofoliada florida seja ela qual for, em primeiro lugar fazemos a visualização de sua circularidade e sua simetria exatas, bem o porque de quase exatas.
Porque, como aprendemos ao iniciar o gosto pelas orquidáceas, nada é perfeito como queremos, e as nativas não são diferentes.
Faz justiça todo aquele que seja ou não credenciado a julgar dá descontos, e releva os defeitos que são passivos nas nativas.
Sim, querer se exibir e dizer aos demais companheiros que somente si próprio sabe julgar e possui as melhores espécies e as mais perfeitas, é pura mediocridade e ignorância.
Pois bem, sabemos que o verdadeiro orquidófilo é todo aquele quer possui humildade para aprender e no confronto de idéias não substima jamais a visão peculiar do companheiro ao lado.
A respeito das Cattleyas, elas são bem  ddiferentes no que se refere à textura, substância, armação de pétalas e sépalas, formatos específicos de pétalas e sépalas.
Os seus labelos divergem bastante às regras técnicas que se refere o padrão imaginário de círculo e triângulos equiláteros circunscritos.
O comprimento do tubo, do labelo e seu bordo, sua largura, seu franjado seus inúmeros tons.
A espécie deve ser julgada com respeito, conhecimento e com morosidade na apreciação, é como degustar apreciar um bom vinho envelhecido, ao contrário de abrir-se a garrafa e tomar de goladas até o fim.
A armação de seu conjunto floral ( a dos segmentos) é peculiar a cada espécie monofoliada, umas com pétalas menos largas e ponteagudas, já outras com pétalas mais largas e mais arredondadas no seu ápice.
Pétalas essas que se armam em bouquet, não tão planas quanto dizem ter que ser, apresentam ainda um colo do tubo na parte inicial inferior, que não vem a ser defeito caso seu comprimento não ultrapasse 20% do comprimento da pétala e esta sem dobras abruptas e sem nervura central.
Pétalas planas demais com relação as sépalas, pode ter sido maqueada com as mãos, ou mesmo geneticamente falando pode-se acreditar que haja algum cruzamento de híbrido oculto no caso se apreciarmos um melhoramento genético, pois este não é para resultar em espécies quase onde forma de híbridos, mas sim para atenuar consistência floral, matizes mais acentuadas, duração da flor por maiores dias, variedades mais fortes e firmes, mais cheias, ou seja menos magros de pétalas e sépalas.
As sépalas mais largas nos cruzamentos genéticos e não tão largas na nativa, o que não diminui se acaso esse defeito não seja muito expressivo.
Visualizando frontalmente a flor, a espécie deve preencher o máximo o círculo imaginário, e os ápices de seus segmentos florais simetricamente distribuidos dentro dos dois triângulos equiláteros no círculo circunscrito.
Com relação ao diâmetro das flores, é evidente que se diferenciam uma das outras, a duração das mesmas também divergem.
Ao considerarmos as nativas é claro que se estivermos na mata diante de uma exuberante floração da Cattleya Warnerii tipo por exemplo.
Obviamente de um grupo de 10 plantas, três ou duas ou uma irá se destacar mais na visão técnica.
Julgar espécies é observar critérios diversos principalmente as de outros países por exemplo, cito, a Cattleya Speciosíssima de uma região da Venezuela tem seus predicados florais como cor intensa ou cor menos intensa na variedade Tipo por exemplo, o diâmetro da flor também é diferente, a armação técnica mais ainda, as grandes flores possuem mais vãos e são bem mais planas, já as menores flores são mais arredondadas e com bouquet de pétalas e sápalas projetado singelamente.
Pois bem, cabe a nós definirmos um padrão na espécie para deste partirmos para a apreciação e julgamento, no caso de modo geral serão as da variedade Tipo para muitas Cattleyas monofoliuadas e algumas bifoliadas multifloras.
Ao sairmos da Tipo menos clarear as cores e escurecer as cores, entre outras cito, uma a da variedade rubra seria mais escura que as tipo e as suaves seriam mais claras que as da variedade Tipo.
A medida que clareamos ou escurecemos os tons das variedades da Cattleya devemos por obrigação aumentar a gama de defeitos passivos aceitáveis, o que eu quero dizer é que as Cattleyas da variedade Tipo tem que possuir a melhor forma técnica possível, isto devido à geneticamente falando essas variedades escuras e claras, com desenhos diversos surgiram na natureza através das Tipo e suas autofecundações e cruzamentos naturais no habitat.
Criações típicas nativas que apresentam anomalias técnicas nas florações eu citaria a Cattleya Shroederae, com boas pétalas e labelo, mas de peculiar as curvaturas nas três sépalas geralmente.
A colombiana Cattleya Trianaei cuja a armação e bouquet é muito graciosa, boa armação de pétalas e labelo e sépalas ligeiramente arqueadas para tráz.
A Equatoriana e também Peruana Cattleya Máxima Lindley, cujas pétalas são finas e estreitas na sua largura, e que cujas sépalas também finas apresentam graciosidade e um diferencial de armação com pouco bouquet e planicidade relativa.
Outra Cattleya, a Dowiana onde somente o labelo, o tubo e algumas vezes as pétalas se destacam, as anomalias nas formas claro lhe é peculiar, não é defeito.
As Cattleyas Quadricolor muito fechadas de bouquet de pétalas e sépalas onde quase não raro se destaca o labelo, e seu lindo lóbulo frontal colorido ( ou não Colorido).
A Venezuelana Cattleya Percivaliana, que deveras de passagem possa se dizer que suas variadas formas técnicas se alinham com a nossa Rainha do Nordeste, apenas em alguns clones conhecidos como a Tipo Alberts, a Tipo Rolfs, a Tipo Liberto e outras cujas formas mais se aproximam de uma circularidade excelente.
Bem, se for relacionar uma a uma iremos bem longe, mas , o critério tanto para bons clones renomados ou não, as tolerancias técnicas são apresentadas de forma a não deterioração técnica peculiar de cada uma.
Ao confrontar um híbrido e uma espécie, é normal em vários colecionadores querer aproximar ideologicamente uma à outra, mas repito, pecam e pecam, pois fora dos preceitos técnicos peculiares eles estão. De modo a pensar:
-Espécie se compara com espécie dentro dos preceitos e quisitos acima citados.
-Híbrido se compara com híbrido exigindo sempre a perfeição técnica pois o homem ali pretenciou as suas mãos com o objetivo de criar algo ( flor) perfeita geometricamente falando.
O ideal para um colecionador que já delineou o que quer em seu plantel é que ele lute e lute cada vez mais para obter plantas sadias, de bom desenvolvimento vegetativo para o seu próprio orquidário e de exemplares de bons à ótimos em formas técnica e matizes de cores.
É lamentável na atualidade as injustiças cometidas por certos apreciadores dentro da orquidofilia, mas é também mais ainda lastimável que muitos apreciadores, tanto de híbridos de Cattleya como de Cattleya Nativa olhem para as flores desta tão grosseiramente que valorizam puras flores maquiadas com mãos do ser humano, o que vem a ser ridículo diante de uma nação tão rica em orquídeas como o nosso Brasil.
Agradável é ver em revistas . em sites, em blogs e em exposições espécies de Cattleya monofoliadas e ou bifoliadas, inclui-se aí os híbridos julgados com clareza, justiça e pura apreciação.
Na esperança de ter contribuído um pouco pelo menos à esclarecer a você amigo(a) nosso(a) visitante, a ter mais um pouquinho de visão no que concerne a julgamento é que raciocinei e presenciando mais de 25 anos de experiência, pretndo ainda lutar por julgamentos mais justos e consistentes.
Desculpem-me por algum erro, mas, desejo à vocês do fundo do coração, sucesso em suas escolhas em seus plantéis.

Obrigado,

Gilmar Juliak
Diretor Técnico e Sócio do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cattleya Labiata

No presente momento meus amigos do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos e meus amigos (as) orquidófilos, e visitantes de nosso blog, sinto que a presença de Cattleyas nacionais ou mesmo estrangeira tem decaido sucessivamente, exposição após exposição, os nossos admiradores de espécies de Cattleyas bifoliadas ou mesmo monofoliadas não estão achando tanto ânimo ou mesmo estão encontrando alguns obstáculos diante de cultivos e adaptações talvez inconvenientes, mas claro digo isso a respeito de apenas uma hipótese.
A CattleyaLabiata fora durante os anos anteriores muito utilizada em cruzamentos com ela mesma, obtendo-se daí muitas sementeiras ( filhas) de boa a ótima aceitação por parte dos aficciosos labiateiros e também aqueles que como eu cultivam nacionais e estrangeiras num mesmo viveiro de cultivo.
Sabendo-se de muitos casos de cultivo de Cattleya Labiata às vezes aglomeradas à híbridos de BLC, LC , SC e SLC e outros como tais espécies nativas e melhoradas geneticamente, vem ocorrer o fracasso não somente no cultivo e o medrar das Labiatas como mesmo em suas inflorescencias e o que tenho notado durante esses anos que o cultivo- trato quando executado separadamente para cada espécie ou mesmo os híbridos, primários ou não, o resultado vem a melhorar significativamente pois quando aplico às Cattleyas Labiatas alguns adubos foliares para floração como os dissolvidos em água por exemplo, a emissão de flores é maior numa única haste, já, as Cattleyas Labiatas pelo qual não passam por essa adubação simplesmente a diminuição pré e pós floração vem a resultar em menos flores numa mesma haste floral e com melhor forma técnica.
As plantas de Cattleya Labiata que corretamente sofrem adubações periódicas e de dosagens corretas, fogem deste quadro, poisa aumentam flores em uma mesma haste floral, diminuem o diâmetro das flores e piora muito suas formas técnicas no que se referes não tanto à armação, bouquet, planicidade, nervuras centrais e pétalas entre outros defeitos.
Chegando à conclusão que o adubo foliar no meu caso chega a prejudicar e não a melhorar a situação floral, pois é preferível duas ou três flores de boa qualidade técnica do que cinco ou quatro flores deficientes em uma mesma haste floral.
Volto a repetir que ao meu ver, a nossa Rainha do Nordeste, não requer muito para se desenvolver e religiosamente ano a ano emitir suas espatas fortes e suas flores magníficas.
A aclimatação adequada para essa espécie é fundamental, quanto mais luz e aereação melhor seu desenvolvimento, vindo a ser uma planta adaptável a alguns substratos, exceto os insucessos de modo geral oferecidos pela fibra de coco ou blocos de fibra de coco, ou mesmo a casca de pinus sem tratamento.
São ótimos os substratos de fibra de xaxim lavada e picada em tamanho médio, a peroba, o angico, os retalhos de jatobá e da boa acerola repicando seus pequenos troncos ou mesmo a adaptação direta no pé de acelora.
O sombreamento com tela correta de 60% ou mesmo 70% com uma altura do vaso de 1.20m do teto do telado à 1.00 m, o desenvolver é ótimo e as folhas ficam em tom verde claro, com um enraizamento muito bom.
Eu ressalto aqui as bifurcações da Cattleya Labiata no que diz respeito à aereação e a ventilação e a umidade relativa do ar, no ambiente de cultivo, sendo elementar essas bifurcações na espécie e que as mais recentes devam ser anuladas( cortadas) as suas bainhas até que essas novas frentes estejam num porte de altura e vigor que conduza a emissão de boas flores.
A qualidade técnica na Cattleya Labiata como entre outras muitas espécies já se nota na simetria frontal dos botões quando esses já se posicionam para baixo e entrando no período de maturação uma vez que dependurados na haste floral, devem se apresentar não tão longos nem finos, não tão curtos.
Os botões de uma boa Cattleya Labiata se apresentam em comprimento médio, poucos grossos e vistos de lado; chanfrados na ponta, não mostrando ainda o lobo frontal do labelo exposto. Já o estaqueamento da haste principal é do número de botões devem ser feito à Noventa graus com relação a haste principal e espaçados entre si o suficiente para a total abertura dos mesmos sem tocar uns nos outros.
Evite sempre que os botões já estaqueados entre em contato com a água das regas, separando a planta das demais e aguardando a completa maturação e encorpo das flores.
O local de separação deve ser idêntico ao de cultivo, fechado, arejado e iluminado o tanto quanto era anteriormente, evitando a presença de vetores às flores já semi-abertas.
Bem, amigos visitantes de nosso blog, passo agora a relatar mais um bom exemplar de minha coleção, planta que floriu pela primeira vez em meados de 2010, cuja nomenclatura é Cattleya Labiata Rubra Guerreiro x Cattleya Labiata Sumio, cuja floração resultou em ótima forma circular e simetricamente perfeita nos seus segmentos florais, possuindo um tubo pouco alongado, fechado no seu ápice centralizado com os demais segmentos, e um labelo bem arredondado franjado e de lóbulo frontal mais rubro que as pétalas e sépalas, suas fauces quase que imperceptíveis, de pétalas e sépalas rubras, vindo ainda a apresentar um aquine da cor do lóbulo frontal do labelo.
A flor é plana com um leve bouquet de armação das duas pétalas característicos de uma ótima flor de Cattleya Labiata. Sua inflorescencia resultou em duas a três igualmente dimensionadas, cuja a durabilidade floral variou de vinte a vinte e cinco dias, de uma para a outra planta resultante do mesmo cruzamento.
A primeira delas enviei à Exposição da cidade de Santo André-SP- onde conquistou o primeiro lugar de Espécie Nacional no ano de 2009.
As Cattleyas Labiata variam de forma devido à aclimatação como já vimos, mas o maior problema ainda se encontra no que diz respeito à disposição destas no mercado, muitos insucessos ocorreram,muitos exemplares por mim adquiridos, após quatro a cinco florações consecutivas não obtiveram melhorias técnicas, já outras cultivadas no mesmo ambiente responderam desde a primeira floração melhorias significativas no tamanho das flores e forma técnica.
A sua textura invariável de variedade à variedade ocorre nos exemplares de forma acetinada perfeita, incluso o labelo e seus vários tons e desenhos.
Agora meus caros amigos do blog vou dar uma pausa, para ir ao orquidário, pois lá ocorre simultâneamente as florações de Cattleya Gaskeliana e florações de Warscewiczii e Cattleya Warnerii e Cattleya Mendellie.
Espero em parte ter colaborado para mais um pequeno trecho sobre a nossa Rainha do Nordeste aquela que nos representa de forma tal que chego à compará-la com o povo de nosso país, inteligente, trabalhador e belo, como as flores que tal dizer da Cattleya Labiata rubra guerrero de um tom rubro inconfundível, uma das primeiras Labiatas aqui do Orquidário à florescer.
Um dos grandes incentivadores de cultivo à nossa Rainha, foi para mim sem sombra de dúvidas, o meu amigo professor Aniel Carriier, pois desde o início da minha paixão pelas orquídeas, e quando lá na chácara das Orquídeas eu ia visitá-lo ou mesmo adquir plantas e passar umas boas horas; ele sempre me dizia:

"Há flor mais bela e impetuosa que a nossa Cattleya Labiata ?

E eu na minha inesperiência até então dizia em tom firme:

Há sim, as Cattleyas Trianae da Colômbia.

E lá vinha o professor com seus livros e suas fotos tentando me fazendo mudar de idéia, dando explicações, contando causos, às vezes causos de se dar gargalhadas, mas era muito bom tudo aquilo, o professor hoje nos céus, abriu sem querer de seu album de fotos, a da Cattleya Labiata Rubra Guerrero e aos poucos os meus olhos foram-se apaixonando, e aquele domingo de manhã foi para mim, um renascimento dentro de meu pequeno conceito.
Daí para frente colecionei e até hoje possuo várias Labiatas da qual faço uma seleção criteriosa possível, mas até aquela que lá no interior de Pernambuco, à quase pleno sol, sem deslumbradores à sua volta eu a admiro, como uma Rainha, pois suas variedades determinam pleno conhecimento quando direcionado às outras Cattleyas unifoliadas principalmente.


Gilmar Juliak

Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

Variedades da Cattleya Labiata

Amigos e amantes da orquidofilia, volto mais uma vez a falar sobre a nossa Cattleya Labiata e a palavras que pretendo passar vem a acrescentar o que no inicio do nosso blog, postamos como as variedades desta belísima Cattleya.
Apresenta uma gama de variedades de cor e desenhos de labelo de Cattleya Labiata Lindley editado pelo professor João Paulo de Souza Fontes onde ele relata mais minusciosamente as variedades e são os meus conhecimentos de variedades  até de outras Cattleyas unifoliadas baseados nesse maior grupo de diversas Labiatas. a Seguir:
"Classificação pelo Colorido e Desenho dos Labelos"
-ALBA: segmentos florais albo puro apresentando nas fauces do labelo o amarelo variável do ouro limão.
-ALBA PLENA: segmentos florais branco puro não apresentando o colorido amarelo nas fauces mas com nuances de verde claro.
-COERULEA: segmentos florais levemente azulados apresentando no lóbulo frontal do labelo um tom azul mais forte, acentuado e nas fauces o colorido amarelo.
Dentro da variedade de labelos possui:
-AMETHISTINA: lóbulo frontal de cor amethista
-ARDÒSIA: lóbulo frontal de cor azul-aço.
-COERULENS: lóbulo frontal com tom malva,quase concolor.
-ROXO BATATA: lóbulo frontal de cor roxo escuro avinagrado
-VIOLETA: lóbulo frontal de cor roxo azulado.
- CONCOLOR: possui segmentos florais de uma mesma cor. No lóbulo frontal um tom levemente mais forte sem manchas ou traços. As fauces apresentam manchas esbranquiçadas com a coloração amarela.
Sub-divisão do grupo das Concolores:
- Concolor Lilás
-Concolor Rosada
-Concolor Coerulea
-FLÂMEA: segmentos de cor lilás variável apresentando nas pétalas um tom intenso direcionado do meio ao seu ápice. No lóbulo frontal apresenta cor purpura e as fauces esbranquiçadas com o amarelo superposto.
-LILÁS: possui segmentos em tom lilás médio e com o lóbulo frontal do labelo de cor branco ou lilás claro. Nas suas fauces o colorido amarelo.
-PÉROLA: possui segmentos florais brancos tingidos por um tom róseo suave. No lóbulo frontal do labelo possui tom purpureo ao sanguíneo. As fauces em tom amarelo.
-ROSADA: segmentos florais rosa-claro com um lóbulo frontal da cor púrpura ao sulferino. Nas fauces o amarelo.
-RUBRA: possui segmentos florais quase rubro com labelo mais escuro variável. Nas fauces não apresenta o esbranquiçado. As fauces são lilás- escuro com amarelo ocre superposto.
-SEMI-ALBA: possui segmentos florais brancos com o lóbulo frontal colorido e com as fauces em amarelo.
"Classificação pelos tons de labelo ( SEMI-ALBA) "
-Amoena; Púrpura; Roxo Bispo e Sulferina.
- SEMI-CONCOLOR: possui segmentos florais rosa claro variável. O lóbulo apresenta alguns traços, manchas ou pigmentos, variáveis de floração à floração. O lóbulo pode apresentar um tom mais forte. As fauces podem apresentar o esbranquiçado e o amarelo.
-SUAVE: possui segmentos florais brancos com sopro róseo quase imperceptível. O lóbulo frontal possui tom lilás-rosa-claro até o cárneo. E nas fauces a coloração amarela.
Observação: inclui o grupo das Amesianas
-TIPO: possui segmentos florais lilás médio com lóbulo frontal de mancha purpurea às vezes com o bordo mais claro. As fauces possuem o esbranquiçado com o amarelo superposto.
- VINICOLOR: segmentos florais de cor vinho tinto e com o lóbulo frontal mais intenso e nas fauces apresentam o amarelo ouro.
"Identificação Peloríadas."
-TRI-LABELO: possui segmentos de cores variáveis. Possui três pétalas, possui três labelos. Ela possui um labelo que é o normal e nas pétalas apresenta um labelo não definido ou seja imitando a ter três labelos.
-LABELÓIDE: possui sépalas inferiores com características de um labelo. A sépala superior possui uma deformação imitando ser uma pétala.
A seguir veremos a "Classificação pela forma de Colorido de Labelo: "
1- Anelato: apresenta na entrada do tubo um colorido em forma de anel.
2- Atro: quando o colorido escuro do labelo estende-se pela parte externa do tubo até a sua junção com os outros segmentos florais.
3- Estriado: possui uma estria escura sobre o colorido base do labelo
4- Íntegro: quando o colorido básico do labelo se estende pelo interior do tubo.
5- Marginato: quando o colorido base do labelo fica separado do bordo desse por uma margem mais ou menos acentuada.
6- Oculato: apresenta na entrada do tubo duas manchas amarelas dando a impressão de olhos.
7- Orlato: quando o colorido básico do labelo se estende pela orla da parte frontal do tubo.
8- Punctato: quando o lóbulo frontal apresenta uma mancha em tom mais escuro.
9- Venoso: possui veias escuras que se entrecortam sobre o colorido base do labelo.
10- Venoso-Estriado: esse labelo possui veias que se entrecortam e se unem formando uma única estria simétrica sobre o lóbulo frontal.
Aqui, veja a construção específica de uma nomenclatura simplificada da nossa Cattleya Labiata Lindley:

"Cattleya " >> Gênero
"Labiata" >> Espécie
"Semi-Alba" >> Variedade
"Ivone" >> Clone
"Marginato" >> Variedade do Labelo

" Cattleya Labiata Semi-Alba Ivone Marginato"

 Gilmar Juliak
Diretor Técnico e sócio do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cattleya Labiata

No resumo sobre breves comentários sobre nossa Rainha do Nordeste, devo dizer que a planta rústica e robusta vegetativamente falando é a nossa orquidácea com maior número de variedades, e sem dúvidas, melhor forma técnica superando bastante a sua parente mais próxima e também brasileira a Cattleya Warnerri.
De modo geral quando adquirimos a planta estamos gradativamente assegurando a sua permanência, pois a devastação por qualquer forma que esteja ocorrendo anulou por completo a sua ocorrência, algumas variedades já não existem na natureza, as coletas em grupo que ocorriam no passado eram inconcientes, e que abalavam sorrateiramente esta linda nativa brasileira.
Favorecida e aclimatada perfeitamente num clima vamos dizer sêco e de muita iluminação, prospera em touceiras e mais touceiras nas árvores das regiões de Alagoas, Ceará e Pernambuco.
Com uma capacidade enorme de adaptação, quando sai desses Estados e é cultivada em climas e altitudes à ela adversas, prolonga e diminui o tamanho de seus pseudobulbos, suas folhas pouco elípticas, e mais arredondadas, se alongam, a planta ganha porte quando cultivada nos estados do sul e sudeste, não prejudicando jamais as suas inflorescencias, tecnicamente dizendo.
A boa Cattleya Labiata não se ressente, de tanta chuva e frio e adversidades de temperatura e clima decorrentes no mesmo dia.
Aguardo, meus caros amigos já para este ano a floração da Cattleya Labiata tipo Helena x Cattleya Labiata Nomura, creio que pelos tons de folhas e pseudobulbos, cor verde claro deva ela me surpreender com flores da variedade tipo clara ou tipo mediana de matizes.
O cruzamento por mim fora adquirido na Exposição da cidade de Limeira-SP- em 2009.
Assim da mesma forma adquiri um cruzamento de Cattleya Labiata Helena x Cattleya Labiata Batatais que já resultou no ano de 2009, uma única flor da variedade tipo clara com tamanho pequeno devido à precocidade da planta.
A forma técnica a mim agradou, com uma boa simetria e circularidade de seus segmentos florais, num possível cruzamento de pétalas para futuras florações.
Como bom  apreciador de uma boa seedling em sua primeira floração muitas vezes típica da precocidade, agaurdo alguns cruzamentos que suspeito resultar em flores satisfatórias como as Cattleya Labiata Rubra x Cattleya Labiata Rubra  e Cattleya Labiata A.Paccione x Cattleya Labiata S/A Marina.
Bem, a esperança é que nós cultivadores e selecionadores estejamos no caminho certo, aguardando que mais e mais cruzamentos de nossa Rainha sejam trabalhados, bem como as mericlonagens de grandes Cattleyas Labiatas assim como a "Marina"; a alba Fátima; a Rubra Pernambucoi; a semi-alba Odete; a tipo Emilia; a concolor Fraga e outros tantos clones famosos sejam feitos provocando a cada dia, que a nova Orquidofilia não é a mesma de cem ou duzentos anos atrás, quando somente os homens de poder e os ricos de posse guardavam a sete chaves para si mesmo as Orquidáceas mais bela e raras mostando puro egoísmo.
Na atualidade nossa Rainha Nordestina pode ter sido ferida, pois com certeza em muitas áreas nativas deste imenso Brasil, não há mais lugar para que elas vivam e procriem.
Colocadas para embelezar o Nordeste tão castigado pela seca e hoje apenas cultivada em laboratórios por sistema In Vitro para fins de que nós a cultivamos com amor, respeito e muito simbolismo popis eu até diria:
-A flor símbolo do Brasil é a Cattleya Labiata Lindley.
As suas seedlings quando cultivadas com excesso de nitrogenação desenvolvem-se plenamente, os tamanhos dos novos pseudobulbos impressionam, resultando logo em flores ou precoces deficientes ou mesmo abortivas dentro  até da espata( bainha).
A adaptação que lhe é característica faz com que a semi-adulta venh a modificar o seu aspecto vegetativo com a nulação do nitrogênio e entre outros produtos que se dizem maravilhosos vendidos no mercado.
Somente com um período de aproximadamente três anos de cultivo num mesmo orquidário passando dia-a-dia pela mesma porcentagem de luz, de umidade do ar, de aereação e de uma interrupção de adubação foliar é que a Labiata consegue se desvenciliar desses efeitos maléficos que são as adubações seguidas e com exageros de dosagem simplesmente apenas para fins de venda rápida das plantinhas no mercado.
Vou citar por final algumas  variedades que requerem maiores observações de nossa parte ao cortar uma divisão, ao replantar, ao processo mais lento de recuperação após o stress das incisões e envases mesmo que corretos.
-São elas: as variedades coeruleas, concolores e as rubras principalmente.
Ora, como um ser vivo e engenhoso a orquídea sente, se retrai perante cortes e envases mesmo que corretamente executados.
As variedades tipo, Albas e Semi-albas já não refletem tanto essas diminuições vegetativas, pós incisão e pós envase, elas resistem mais, e alguns indivíduos até agradecem exibindo uma ou outra frente vegetativa a mais sem redução do tamanho do nosso bulbo.
As florações das variedades acima muitas vezes não sentem tanto aos cortes e envases, elas se mostram com flores ou iguais ou até melhores que quando outrora vegetavam sobre um substrato com um Ph insuficientemente alcalino ou ácido.
Nota: Quando seedlings muitas vezes produzem folhas verde muito claras ou muito escuras ou com tons lilases na sua parte inferior ou que não implicam que as claras resultem Albas ou Concolores, as de folhas escuras resultem em tipo de Coeruleas, e as de tons lilases em rubras, tipo escuras.
A genética nos prega cada peça!

Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Final de Ano

Olá, amigos do nosso blog, se aproximam as festas de final de ano e desde já desejo a vocês, aficcionados pelas orquidáceas, um Feliz Natal repleto de paz, harmonia, saúde e prosperidades.
Que o ano vindouro seja um ano de muita paz, saúde alegrias, ótimas renovações e plenas realizações à vocês e a seus familiares, esses são além de meus sinceros votos, são também os do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos.
Votos de boas festas também para os nossos associados e associadas, que seja um bom Natal, um próspero ano de 2011, que nossas pequenas orquídeas cresçam bem mais, que nossas florações sejam abundantes e expressivas neste ano novo.
Em Especial ao amigo João Carlos, o Rubens, o Gilberto, O Sr. José Jesus, a Dona Maria, a Amanda, a Zenaide, a Eliana, a Vanda, ao Adolfo,  ao super hiper vice-presidente Walter , ao Oswaldo, ao Shitara, ao João Rosa enfim a Isabel, que faz as melhores balas de côco que já provei, ao Sr. José seu esposo muito meu amigo.
Ao Claudio Vismara meu amigo e professor.
Bem, a todos da família orquidófila que encontramos nas idas às exposições das outras cidades: Ao Xavier e o João lá da bonita Sorocaba, ao Sr.João e sua esposa lá de Piracicaba, ao Sr.Luiz e Dona Rosa lá de Leme, ao Sr.Luiz de Monte Alto, ao Lúcio lá de Matão, a Leninha e suas filhas lá de Guaxupé-MG- e ao Adolfo também lá de Guaxupé.
Boas Festas para o Celso de Batatais, ao Sr.Fernando, ao Alcides, e o André Cavasini, os dois doutores da Cattleya Walkeriana.
Abraços e ótimas festas ao Carlos ( Carlão) lá de Barretos, ao Walter e a Rose lá da bonita Lins.
A todos os presidentes e membros das Associações Orquidófilas do Brasil que conosco compartilharam no decorrer deste ano de 2010, todas as alegrias, e também tristezas que só o tempo apagará, e os momentos felizes jamais serão esquecidos.
Felicidades aos novos membros, diretores e Presidente da CAOB e associações filiadas.
Em especial aos amigos que durante o ano todo nos proporcionaram as aquisições de belas orquídeas e o prazer e descontração e alegrias de suas companhias, são lá: O Salvador Gorni e o João do Orquidário da Serra  da bonita São Pedro, o Juliato  e a Dona Jesulina da bonita Limeira, do orquidário Juliato, o Márcio Borse lá de Caieiras, o Márcio Vanique e a Cristiane sua esposa da aconchegante Analândia, o Pires lá do Orquidário Bela Vista, lá de Assis, ao Jordão e a Cristina lá de Rio Claro do Orquidário Jordão, o Cesar Wenzel, o Raphael e meu amigo professor Ewaldo Wenzel ´também de Rio Claro, do Orquidário Rioclarense.
Um voto sincero de boas festas e próspero ano novo, ao Luiz e a Fátima aqueles amigos que nos acessoram com vasos, adubos, ferramentas, inseticidas, etc.
Ao Claudio Vismara e o Paulo meus amigos lá do Orquidário Vismara de São Carlos.
A todos os amigos do Orquidário Minami, do Orquidário Astrea, do Orquidário Nova Londres , do Orquidário Seidel, do Orquidário Primavera do Darlan.
Em especial ao amigo Jair lá de Rio Claro.
Bem, enfim a todos os meus mais sinceros votos de muita saúde, alegria e paz, e um ano de 2011 repleto de boas vendas ( no caso os vendedores), e muitas orquídeas floridas.
Um grande Abraço.

Gilmar Juliak
Círculo SãoCarlense de Orquidáofilos

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Breve História da Guaria Residence

(Dr. Joaquín García Castro) (Dr. Joaquín García Castro)
O nome científico da Residência Guaria ", a orquídea que é a  Flor Nacional da Costa Rica ," é Cattleya skinneri , Nome científico Guaria Residence,  Este nome foi dado na  Inglaterra pelo botânico James Bateman, em homenagem ao seu descobridor.  George Ure Skinner foi um comerciante inglês que viveu na Guatemala,e que enviou as plantas da América Central e sul do México para a Europa.  Nós não sabemos exatamente o ano em que Skinner descobriu  na Guatemala, mas é entre 1831 e 1838, que são, respectivamente, as datas de chegada e à publicação do livro Bateman em "As orquídeas do México e da Guatemala."   Na segunda metade do século XIX, Enders coletor de impostos  na Costa Rica, encontrou  uma variedade branca, alba , de Cattleya skinneri, enquanto Bento Roezl encontrou  no telhado de um guatemalteco rústico uma flor  branca que havia uma forma escura no labelo de olhos no fundo, esta é a Cattleya skinneri-alba oculata. 
A Cattleya skinneri é distribuída do sul do México e América Central, mas é na Guatemala e Costa Rica, onde mais abundante e onde é mais apreciada e cultivada. Na Guatemala, popularmente conhecida como "Candelária", e antigamente como "Flor de San Sebastian", desde o início de sua floração coincide com as duas festas religiosas, onde é usada como ornamento para igrejas para as procissões. Conhecida como "Guaria Residence", uma mistura de nomes. Guaria é puramente indígena, que leva "gua" root derivados de Nahuatl, que significa árvore, e está relacionado com a propriedade de orquídeas em árvores ou como epífitas. Este prefixo aparece em outras palavras, "políticas" para designar árvores: Guanacaste, Guácimo Guachipelin.  Suas flores abundantes naquela época, a cor de suas flores e valorização do nosso povo que faz o uso para a decoração dos altares durante a Quaresma, o "Jardim" e do Santo Sepulcro na Semana Santa.
Tradicionalmente, nossos antepassados cultivavam em casa a Guaria nos pátios, jardins ou nos quintais de suas casas, mas estava vendo clássico no exterior, nas paredes de barro ou adobe em telhas de barro.  Este tipo de agricultura é comum em Cartago, Escazu, Santo Domingo ou Barva, mas os terremotos, como 1910, e os "revivalistas" movimentos arquitetônicos terminou com  este costume agradável. . Também foi possível observá-los nas árvores nos parques ou nas gargantas dos rios Virilla, grandes ou Tárcoles.  A super exploração para o lucro por  sem escrúpulos, fez  fazer desaparecer a partir destes sitios.  Atualmente só podemos vê-las em seu habitat natural em fazendas particulares no Acosta, Miramar, Miravalles ou Nicoya.  Além disso, alguns jardins, como o Palmares Cocaleca ", ou laranja, para a quantidade de plantas que eles têm, são uma espécie de santuário para a nossa Guaria conservação mais valorizada.  Sua visita em época de floração de fevereiro a abril, é uma experiência inesquecível, não deve ser desperdiçada. 
 Apesar de seu tamanho pequeno, a Costa Rica tem encontrado mais de 1.400 espécies diferentes de orquídeas e muitas delas são conhecidas popularmente como Guaria. Ocorreu uma votação, não só os produtores mas também os profissionais e estudantes do ensino secundário e universitário. Por esta razão, sob a presidência do Sr. León Cortés Castro,e  pelo Diretor Executivo o  Acordo n º 24 do Instituto de Desenvolvimento e Agricultura fez com que  no dia 15 de  junho de  1939, designaram  o Guaria Morada (Cattleya skinneri), como a flor nacional da Costa Rica.  Posteriormente, em 24 nov 1972, o presidente José Figueres Ferrer, emitiu  um decreto, segundo o qual "é estabelecido a segunda semana de março como" Semana da Costa Rica Orchid ", como o tempo Guaria quando está no auge de sua floração.
A Lei n º 5605,  que fala  sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres (CITES), ratificada pelo nosso legislador em 30 de outubro de 1974, inclui a skinneri Cattleya no Anexo I, ou que é considerada uma espécie ameaçada, de modo que o comércio internacional é proibido.
 Nesta base, a 08 de outubro de 1984, sob a presidência de Luis Alberto Monge, é emitido Decreto n º 15.761 do Ministério da Agricultura e Pecuária, que proíbe o comércio no país, com excepção das plantas produzidas artificialmente pelas técnicas laboratoriais especializados.Por estas razões, nos preocupamos pela  Guaria por possuirem morada  em nossas casas e evitar o comércio.
Ele também elimina a prática de cortar as flores ao longo do tronco espessado (pseudobulbos) que os produz, para levá-los à igreja ou para decorar as nossas casas ou escritórios. 
 Isso é prejudicial para a planta florescer e ameaçando a próxima floração, eliminando a parte que vai produzir os novos bulbos e se deixam os pseudobulbos velhos são muito fraco e com poucas flores. A morada Guaria, não só está intimamente ligada às tradições de nosso país, mas é um dos nossos símbolos nacionais.  Portanto, a estimativa é de  proteger, de modo que as futuras gerações possam também desfrutar da espectacular beleza de suas flores.

Comentário sobre Confrontamento das Variedades da Cattleya Labiata

Olá, meus amigos do nosso blog é imprescindível e de certa forma inadiável esclarecer ao meu ver e à minha experiência destacar as variedades da Cattleya Labiata fazendo em confrontamento entre suas belas variedades.
A princípio o julgamento técnico de uma Cattleya Labiata deverá ser feito a partir dos princípios técnicos de uma planta nativa, para após compararmos com as sementeiras tanto de auto-fecundação como a de cruzamentos entre elas.
O que se tem visto por aí são muitas análises técnicas das piores possíveis onde o que analisa quer ver numa espécie da natureza e seus cruzamentos uma forma técnica peculiar de um híbrido de Laeliocattleya e outros.
Bem, é injusto comparar tanto nas Cattleyas Labiatas quanto outras variedades de Cattleya, indivíduos ( plantas) de variedade colorida ou similarmente, ou seja, julgar Cattleya Labiata variedade Alba com Cattleya Labiata semi- alba ou mesmo rubras com as variedades lilás, ou as da variedade coeruleas com as da variedade concolor e assim por diante.
Analisarmos variedades é sermos justo também com as cores e desenhos de labelo e não existe se quer a hipótese de ser diferente.
As Albas, por exemplo, em número de 3, as melhores que conseguirmos de um grupo de dez destaca-se a melhor aquela que simetricamente e circunferencialmente se apresente melhor preenchendo o máximo possível o círculo imaginário que construimos e ainda a triangularização mais perfeita possível com as vértices de suas pétalas, sépalas e lobo frontal do labelo.
O Albo, por exemplo, é variável, umas mais atenuantes e leitosas, outras menos; isto não é defeito algum, é característico !.
Os defeitos passivos são considerados, ou seja, pouquissíma abertura do tubo do labelo, seu centro com os demais segmentos florais, seu diâmetro, não tão proporcional com relação ao próprio labelo, este por sua vez, bem arredondado, com frnajas ou não em seu bordo o que é parcialmente característico nas albinas.
O diâmetro desse labelo devendo ser também proporcional à largura de suas pétalas, embora há novos cruzamentos que apresentem labelo pouco menor devido a presença de um franjado de bordo muito aglomerado, seria sim um defeito inaceitavel se esse mesmo labelo se apresentasse em forma de cuia abrindo pouco as nossas vistas o seu labelo frontal.
As pétalas sem nervura central, armadas em bouquet característico da Cattleya Labiata como em outras Cattleyas, acaso se apresente totalmente plana com as sépalas areia, ou possui um híbrido na sua genética ou fora maqueada com as mãos ou artefetos caseiros para fins de pontuação ou mesmo evitar o descarte no plantel.
As pétalas não devem ser tão estreitas ou ponteagudas, ou com um colo do tubo que se pronuncie mais que 20% do comprimento total da pétala.
No caso das Albas, sem nuances ou pigmentos de cor alguma, apenas o branco.
As sépalas sim, albas sem nuances, levemente arqueadas e o mais plana possível que é de onde ao ver a flor lateralmente se observa sua planeza e o bouquet de armação das pétalas.
As sépalas devem ser a mais larga possível, simetricamente distribuida na área geométrica imaginariamente construída por nós, e preenchendo o máximo possível o vão acaso as pétalas não se cruzem ao centro.
As Cattleyas geralmente ao serem analisadas em suas hastes florais, estaqueadas corretamente a 90° com relação à haste principal não devem apresentar  diferenciações nas duas ou três flores que apresente, os diâmetros das mesmas, suas simetrias, seus tons devem ser uniformes.
O período de floração da Cattleya Labiata deve coincidir de novembro a março aproximadamente, pois sempre desconfiamos se ao visualisarmos suas flores e não lembrarmos  uma espécie ( Labiata).
Esqueçam senhores que ao ver espécie florida queiram enxergar um híbrido, jamais, por mais experientes que muitos são, devem por justiça analisar a espécie e seus cruzamentos genéticos com espécie e claro conhecendo o histórico de alguns clones, respeitando ainda os resultados dos melhoramentos genéticos, pois muito se tem mal interpretado a esse respeito.
Deveras és um ser humano apenas, quem imaginas que és se não tem se quer o direito de julgar o que fez, apenas aprecie com os olhos, teste sua imaginação pela inteligência que lhe dei, não queira se quer dizer essa criação é péssima ou essa é muito boa. As fiz para embelezar o mundo de diante tantas atrocidades que praticas dia após dia.
O CRIADOR

Vale a pena meus caros visitantes lembrar que ao aficcionado por orquídeas, as nativas no caso, ele deve ser justo e apreciador ao mesmo tempo, sem querer se prevalescer que suas plantas são as melhores, a natureza prepara surpresas e não é isto que vemos na atualidade acontecer com o tempo, o solo tremer, as águas abundantes, e a poeira nos céus?
Aos amigos que tem paixão pelas espécies em separado, preciso lhes dizer curtam suas plantas o máximo possível, selecionando sim, e jamais descartando a planta que não deva ser descartada, e se há atributos à espécie tal que não lhe agrade, faça como eu doe às pessoas que apenas apreciam e não são colecionadores, vale lembrar que é mais uma semente que vocês irão lançar.
Quem sabe a pessoa a quem você doou sua planta ( aquela que não lhe agrada) não esteja precisando de um empurrãozinho para ter equilíbrio e dar os primeiros passos.
O egoísmo, a soberba, a audácia e a maldade jamais farão parte da nossa nobre família a dos amantes da orquidofilia.
Um abraço a todos de momento.

Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

Cattleya Labiata Quando Pequena

Meus amigos do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos e a todos os visitantes  de nosso blog, não restam dúvidas sobre o cultivo  de seedlings, pois todos nós imaginamos que por serem pequenas não nos dão trabalho; ao contrário, possuir um seedling e aqui no caso da Cattleya Labiata requer alguns cuidados, e um, o mais primordial é colecionar seedlings com grande chance de se obter boas plantas, fazer uma análise do que se compra tanto na propagação por sementeiras quanto por mericlonagens.
Há no mercado a nosso bel prazer de compras, plantas pequenas de alto valor de plantel e como há também verdadeiros fracassos, ou seja, nem mesmo o produtor sabe o que vai resultar, bem, cabe a nós compreendermos ou pelo menos tentar entender e prever os resultados de plantas tão pequeninas que demoraremos talvez quatro, cinco ou seis anos para constatarmos o resultado.
O preço das seedlings não só de cattleya Labiata, mas da maioria das outras também, é um pouco pesado para aquele que pretende comprar uma ou duas plantas, diferente do comprador de lotes de pequenas.
O que acontece é que o conhecimento vem à frente sobre  qualquer âmbito genial que possamos ter ou querer participar. Como cito no exemplo:
Comprar um seedling de uma Cattleya Labiata semi-alba Marina é claro e obvio que se por meio de sementes podemos ter variações nas filhas dessa matriz o que não deva ocorrer tanto pois a genética faz com que haja uma porcentagem de semi-albas quanto as de variedade tipo, o que também implica em permanênca nos resultados de plantas mesmo tipo com ótimas formas técnicas.
Já a mericlonagem pode produzir dependendo do número de indíviduos plantas iguais à matriz ou mesmo melhores que ela.
Ao adquirirmos por exemplo um seedling de Cattleya Labiata semi-alba Marina x Cattleya Labiata Alba podemos claramente obter filhos tipo ou sejam de cores lilás variável com labelo colorido.
Ora, a experiência de adquirir e aguardar os resultados só venha com o passar dos anos retratando-nos a felicidade de ter adquirido um ótimo cruzamento ou de nos defrontarmos com plantas já na primeira floração com péssimas formas, e ainda esperar mais duas ou três florações anuais para comparadamente tentar evitar um possível descarte.
Bem, o cultivo das seedlings da Cattleya Labiata após a retirada do frasco até a altura ( da planta) à aproximadamente duas polegadas requer um pouco de cautela, o vaso plástico mais drenagem ( 30% da altura), mais xaxim bem repicado e um pouco do sfagno chileno misturado dá bons resultados.
A plantinha nesta idade requer mais umidade nas raízes, pouca umidade relativa do ar e ventilação mediana, ainda uma luz indireta( se cultivada em estufas), ainda uma adubação com NPK de 30-10-10 homeopaticamente a cada semana.
Nota-se depois de um período de adubação foliar que as raízes se desenvolvem muito bem, as folhas de cor verde claro e o pseudobulbo da frente principal vegetativa aumenta seu tamanho e espessura.
Após esse crescimento, às vezes notamos dois pseudobulbos ao ano o que não prejudica a plantinha, ou mesmo bifurcação.
O vaso de cerâmica, que é aquele a ser indicado para a espécie deve ser usado após cinco polegadas de altura do pseudobulbo frontal, onde ela ( a planta) requer um xaxim pouco menos repicado e sem o uso do sfagno.
Desta feita as adubações continuam até o envase em um vaso maior pois a Cattleya Labiata se desenvolverá melhor no futuro ou adaptada a caixa de peroba ou nos vasos de cerâmica com furos laterais e no fundo com tamanho proporcional para que a planta se desenvolva durante três a quatro anos.
Aqui no orquidário que é um telado de 70% elas se desenvolvem muito bem e possuo variedades muito boas de alba, pérola, semi-albas, aquinadas e ainda a famosa variedade oculata a Cattleya Labiata Oculata Yelow Eyes.
Na atualidade seedlings da Labiata nas variedades semi-albas, coerulea, rubras e tipo e um trabalho bem sucedido fora feito tipo o cruzamento de Cattleya Labiata Rubra Shuller x Cattleya Labiata Rubra Deyse, que resultou em rubras de ótima forma e com matizes diferenciadas no tom rubro tanto nos segmentos florais quanto nos labelos perfeitos, bem arredondados e franjados.
Outro bom resultado tanto no vigor das plantas  como nas suas inflorescencias foi o cruzamento da Cattleya Labiata semi-alba Marina x Cattleya Labiata semi-alba resultando flores também  semi-albas de bom contexto técnico, outras filhas do mesmo cruzamento obtive variedade tipo mas com formas adversas tipicas de descarte, flores sem qualquer expressão.
A experiência às vezes dita mais alto, mas a sabedoria a supera em qualquer direção, pois ao apreciarmos uma planta florida que para nós não cabe lugar no plantel, simplesmente a doamos para alguém que as orquídeas admira e cuida e se é apenas iniciante dos iniciantes cabe à nós orientarmos quanto ao cultivo, aos cortes possíveis devidos etc....
É mais uma semente que lançamos neste mundo de Deus, para que as pessoas se sensibilizem diante de uma planta tão bela, tão graciosa, e sei de muitos casos em que as orquídeas salvaram vidas de pessoas com dependências químicas, com o terrível alcoolismo, curas de doenças como depressão, síndromes e outras.
Portanto, caros amigos  a Cattleya Labiata, a mais frondosa das Cattleyas, a mais repleta de variedades tanto nas cores como nos desenhos e coloridos do seu labelo, creiam podem ajudar a salvar vidas, de pessoas que talvez apenas vivem por esperar o fim, mas ao se encontrarem, até apenas nos toques da flor, vivem mais e criam subtamente dentro de si a esperança de viver.

Salve a Orquidofilia......!!!!!!

Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

sábado, 20 de novembro de 2010

Voltando a Falar sobre a Cattleya Labiata

Aos amigos orquidófilos de nosso Blog....

É bem de se notar que qualquer orquidófilo que luta por ter um plantel dia a dia melhor, que ama as orquidáceas sejam elas de todos os gêneros de gosto, é sempre válido relatar experiências, tanto positivas como as  de insucessos.
Todo aquele que cultiva sabe muito bem que cuida de um ser vivo e este ( as orquidáceas) oriundam de várias partes de nosso país assim como do exterior.
Ora, pois, se é muito mais fácil cultivar orquídeas nativas no Brasil, o porque não dizer que também é simples e não tão fácil cultivar as do exterior.
Bem, essa tese de cultivo de plantas estrangeiras, segundo minha experiência, minha insistência em cultivar Cattleyas unifoliadas de alguns países da América do Sul e Central é um assunto para eu relatar posteriormente, mas breve, meus amigos.
Pois a orquidofilia presente no mundo todo, não possui idiomas diversos no que se refere aos cultivos, às adaptações etc..
A orquidofilia atualmente fala um único linguajar, a do amor pelas orquídeas, sejam elas de que modo forem, nas suas extensas diversificações.
Mas, bem, vou voltar à dizer sobre nossa RAINHA DO NORDESTE
Aqui no orquidário denoto as florações da Cattleya Labiata durante três anos sobre uma extensa observação:
A planta requer boa luz e aereação durante todo o seu cultivar, e por ser uma planta robusta, ereta, inicia sua brotação no Outono, onde em meados da primavera se encontram alguns exemplares já espatados ( com bainhas), ela é tão resistente que a adubação foliar só faz com que emita muitas flores em uma mesma haste floral, as flores fazem a maturação e resultam menores, mantendo a forma técnica.
O que nestes três anos, tenho observado é que a aclimatação dá melhor resultado que a própria adubação onde resulta em flores de médiasa grandes de diâmetro, mantendo a forma técnica.
Ao raciocinar sobre essa performance torno a repetir que as chuvas prejudicam as florações de alguns indivíduos da Cattleya Labiata, sendo que as que florescem nos meses menos chuvosos,ou sejam Março e Abril, até meados de Maio, produzem flores melhores onde não há o problema dito à tantos e tantos anos ou seja, a variabilidade da sua floração em um mesmo indivíduo, num mesmo substrato sob o mesmo efeito da luz e umidade relativa do ar e sem sofrer o stress dos cortes e divisões.
O que denoto quanto aos cortes, claro que desde executados da forma e no tempo correto, a Cattleya Labiata executa um período de dois a quatro anos sobre o mesmo cultivo para que resulte flores de antes da tal incisão.
O que ela apresenta nesse período pós corte e pós replante é a diminuição do número de flores, a amenização dos tons de seus segmentos florais, mas a forma técnica mesmo que examinada ao palpar das mãos não sofre tanta degradação.
Uma planta explessiva, que aqui no orquidário resultou ótimas formas, textura e substância foi a Cattleya Labiata Concolor Fraga x Cattleya Labiata Concolor Nomura, de excelente forma técnica, pétalas e sépalas proporcionais, a um labelo muito bem arredondado com pequenas franjas concolores no bordo.
O cruzamento por mim adquirido desde seedling fora feito na chácara das Orquídeas em Rio Claro-SP- das mãos de um dos meus inesquecíveis professores o meu amigo orquidófilo e também professor no carisma, na humildade, na bondade e na capacitação que possuia ao cultivar orquidáceas, o Sr. Aniel Carnier, ícone com méritos na orquidofilia nacional e que já nos deixou, mas o inesquecível professor das orquídeas jamais deixará de ser lembrado e envolvido num mundo maravilhoso que é o da Orquidofilia.
Voltando ao tal cruzamento a Cattleya Labiata Concolor Fraga x Cattleya Labiata Concolor Nomura resultou concolor nos seus segmentos florais com apenas um leve traço avermelhado- carmessin no centro do seu lóbulo frontal dividindo o mesmo simetricamente exato.
Cito ainda neste pequeno relato sobre as Cattleyas Labiatas, o resultado de um cruzamento entre Cattleya Labiata Vera Cristina x Cattleya Labiata Lilás Borges adquirida por mim do Orquidário da Serra do meu carissímo amigo Salvador Gorni lá da cidade de São Pedro-SP-.
A planta ainda seedling resultou em meados do mês de Fevereiro de 2010 em uma Cattleya Labiata típica lilás e de uma forma técnica admirável, já o cruzando suas pétalas bem planas e pouquissíma ponteagudas, com sépalas dorsal e inferiores de uma boa largura sem arqueamento deveras expressivo e com um labelo pouco tigido no lóbulo em tom pouco mais acentuado que os outros segmentos.
O lilás predomina nos seus segmentos em tom ameno e o bordo do lóbulo frontal contornado pelo mesmo lilás, ou seja, o colorido pouco mais acentuado do lóbulo central do labelo fica contigo por esse tom lilás médio dando-nos a impressão de uma semi- concolor em tom lilás, expressivamente linda, parabéns ao amigo que pelo conhecimento agrupou essas jóias e a nós colocou a oportunidade de adquiri-las. Por Salvador Gorni.
Caros amigos, amantes da orquidofilia, ainda pretendo relatar mais e mais sobre a nossa Rainha do Nordeste.
De momento irei fazer uma breve dedicatória à Cattleya Labiata Coerulea Super x Cattleya Labiata Panellas, cruzamento adquirido por mim há muitos anos, minha primeira Cattleya Labiata Coerulea e que até hoje está em minha coleção, lá em uma visita aos grandes amigos, outro ícone da orquidofilia, meu amigo Sr. Ewaldo Wenzel e seu filho e muito meu amigo, ícone sem exageros dentro da orquidofilia Nacional o Cesar Wenzel à quem muito aprendi e aprendo em nossos encontros lá no Orquidário Rioclarense em Rio Claro-SP-.
Dedicatória 
Cattleya Labiata Coerulea Super x Cattleya Labiata Coerulea Panellas
" O seu azul é como o do céu em dia de benevolência do Senhor".
" A tua formosura é de se admirar logo que a vejo florida em meu orquidário".
" O seu perfume atrai não somente os vetores típicos de sua espécie mas os mais sinceros corações dos homens de bem que a ti e à orquidofilia prestam méritos."
" Talvez eu não saberia expressar tal emoção quando a vi florida pela primeira vez, fora como se realmente a verdadeira Coerulea das Labiatas, de todas as Cattleyas Labiata".
" És forte, punjante, rígida, não se acomoda, ao contrário prossegue emitindo bulbos vigorosos ano a ano, e flores excepcionais".
" A ti grande Rainha, meus méritos, à ti alteza, reverencio sua floração, seu perfume, sua perfeição ".
Agora de momento me despeço, um forte abraço e fica aqui uma breve mensagem:
- Vamos semear na juventude o amor às orquídeas, pois elas merecem mais que um mundo melhor, merecem cultivar a natureza, que é simples e que se comunica conosco através de muitas flores.

Gilmar Juliak
Sócio e Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

Que Falta Faz....

Eis que encontramos na Exposição Nacional de Orquídeas de Campinas neste dia 19 de Novembro de 2010  Leninha  e sua filha Vitória. Ao vê-la eis que o Anderson, o Gilmar e o João vão cumprimentá-la, mas falta algo.
Pelas viagens por esse mundo de orquidofilia toda vez que chegava-mos eis o nosso amigo Luiz de Guaxupé com suas brincadeiras e carinho por nós de São Carlos.
Fico me perguntando tinha que ser assim?
Na última exposição Nacional de Orquídeas de São Carlos eis que a Leninha veio despedir de nós e por último o Luiz, chegou até mim e no Gilmar e nos deu um abraço chorando dizendo que: Não sei se vou voltar aqui em 2011.
Essa última palavra dele nos comoveu e hoje nós do Círculo SãoCarlense sente sua falta com suas brincadeiras nas exposições de São Carlos.
Mas na vida quem decide é Deus, se ele quiz assim, é porque seria melhor para ele.
Nós de São Carlos daremos o maior apoio a Leninha e suas filhas, e esperamos que no ano de 2011 ela apareça por aqui para conversarmos e lembrar das coisas boas que o Luiz nos deu.

Que DEUS abençõe a vocês e a todos os nossos amigos orquidófilos.
19/11/2010 - 5 meses de seu falecimento.

Comentário Técnico

Cattleya Labiata ( brasileiríssima)

Aos amigos visitantes do nosso blog.....

Vem aí em breve as florações consecutivas da nossa belíssima Cattleya Labiata, com suas flores bem postadas, seus segmentos florais bem armados e posicionados, e ainda o que impressiona e nos cativa, as suas delicadas e variedades tonalidades de cor, com um labelo mui formoso e de bordo largo e expressivo.
As plantas da coleção agora já espatadas prontas para a inflorescência que ocorre de Dezembro até meados de Abril numa sequência e ou mesmo simultaneidade das variedades.
Alba,Semi-Alba, Albesceis, Concolor, Semi- Concolor, Tipo, Tipo Lilás, Rubras, Amesianas, Albas- Plena, com tubo Atro ou mesmo íntegro, Orlatados, Semi Orlatados, Oculatos, Anelatos, e outras variedades de cor como Coerulensis, Coeruleas, Ardósia e Amethista, dentro de um mesmo grupo, sua imperiosidade e perfeição nas formas técnicas, claro sempre como ótimo colecionador, deixar passivos os mínimos defeitos característicos apresentados tanto em nativas como na de cruzamentos.
A observação durante os 25 anos de minha experiência sobre o cultivo de Cattleya estrangeiras e brasileiras unifoliadas. Venho a denotar que a planta vegeta muito bem, em clima extenso de alta temperatura e boas e sucessivas inversões com precipitação de chuvas nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro, devendo as plantas deste grupo de espécie que enutirem botões durante estes três meses acima citados deverão ser separadas do viveiro de cultivo até a maturação de seus botões e até a maturação final de suas flores.
As águas da chuva retira dos botões o seu perfeito acetinado de textura assim como, a precocidade da abertura dos mesmos vem ocorrer definhando-os ou mesmo fazendo com que as flores se armem precoces prejudicando os segmentos florais e sua muito boa distribuição das pétalas, sépalas e labelo.
Num ambiente com boa luz, cerca de 60% a 70%, diminuindo as regras no período pré-floral a Cattleya Labiata responde muito bem, com flores de bom diâmetro, armação floral e o seu belo perfume inconfundível.
São as Cattleyas Labiatas originárias de um clima quente e seco recebendo umidade aérea somente no período noturno. Nós que cultivamos a espécie aqui no Estado de São Paulo devemos dar ao máximo à esta belíssima Cattleya todos os detalhes de aclimatação mais próximos possíveis do seu habitat natural.
Na coleção, um dos clones mais apreciados por mim durante sua exuberante floração seria a Cattleya Labiata Garganta Escura x Cattleya Labiata Semi Alba Sanguínea Paccione, lá do meu amigo Salvador Gorni proprietário do "Orquidário da Serra" em São Pedro-SP-.
O cruzamento resultou em uma Cattleya Labiata Semi-Alba oculata, com ótima forma técnica, planicidade, com um bouquet floral ótimo caraterizando muito bem a espécie, ou seja, não a tornando um híbrido de BLC ou LC , ou mesmo outros ao apreciarmos as suas flores.
Na orla superior da entrada do tubo possui dois olhos bem defenidos logo acima das duas fauces amarelo-claro.
Sua genética de cruzamento a permitiu que seu albo de pétalas e sépalas são de um branco leitoso muito bem acetinado, já o labelo em vinho médio combinando com os dois olhos vinho acima das fauces.
Os indíviduos desse mesmo cruzamento resultaram aqui no orquidário em Semi-Albas e Semi-Albas Oculatas.
Parabéns aí ao Salvador, meu amigo orquidófilo pela aquisição dessas plantas e com muito mérito as colocou à venda sem nenhum tom de egoísmo, mas ao contrário, com sua capacidade profissional e como orquidófilo experiente divulgou-a à nós amantes de uma ótima Cattleya Labiata.
As adubações agora com Bokash (orgânico) e o BSG lá da Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais vem dando bom resultado no enraizamento e porte das Cattleyas Labiatas aqui do meu orquidário.
Mais uma vez me curvo diante da Rainha do Nordeste onde aguardo esperançoso as florações que em breve irão ocorrer.

Gilmar Juliak
Sócio e Diretor Técnico do Círculo SãoCarlerse de Orquidófilos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Engenharia Verde

Foi lá pelo interior de Minas Gerais, precisamente à dez anos atrás e mais precisamente falando em São Tomé das Letras onde me deparei com uma cidade pequena, inteiramente edificada sobre pedras, e num destes teus pontos turísticos denominado "Xangrilá", que ao vivo e apartado dos outros amigos e amigas da excursão, prestei atenção naquilo que me rodeava.
Era um rio largo e pouco profundo entre pedras e desvios, água cristalina e gelada, ao céu, o escuro em plena luz do sol devido aos extensos e espessos galhos de árvores lindas e centenárias que se entranhavam sobre mim ao alto.
Lá num extenso galho havia nele instalada como uma nobre hóspede a Cattleya Harrissoniae tipo e estava em período de inflorescencia, belas e lindas flores em quantidade  de quatro flores, a planta era de porte alto de uns 80 a 90 centímetros de altura, bifolia, de tom verde escuro nos bulbos e folhas balançavam suas flores ao vento, e nisto, verificando a presença de outras varias Cattleyas Harrrissoniae inclusive  coeruleas e albas inclusas num mesmo habitat.
Parecia que meus ouvidos entraram em uma outra dimensão, ou seja, representava que minha audição se multiplicara para ouvir os minímos toques sonoros.
Ou era a minha imaginação ou eram os ouvidos e a audição, e sendo assim de ímpeto ouvi-la dizer:
- Aqui estou , bela resplandecente, singela e florida.
- O que queres de mim?
- Não é o bastante cansardes e pelejardes até chegar aqui debaixo de meus pés?
- Veja a minha luz, o meu púrpureo acetinado, os meus perfeitos  e esguios contornos.
- Minha armação é como uma Rainha Vestida à nobreza do bom gosto.
- E o meu perfume, sentis quanto o exalo, ele vai longe, longe tal que olhe aos lados, quantos amiguinhos meus você vê; são vários, são inúmeros não?
- Estes são meus verdadeiros amigos, meus polinizadores.
- E agora, o que queres?
- Apenas me apreciar?
- Não tente me tirar daqui de cima, pois.....
- Há muitos inimigos inclusive inimigos se.
- apenas me contemple, me admire, é para isto que me encontro aqui.
- Estás vendo essa grande cápsula de sementes; espere mais um pouco de tempo, e leve algumas dessas micro sementes para ti e as semeie.
- Dentro de alguns anos verás outras iguais à mim.
- Isto não o satisfaz?
- Te peço, não me retire daqui, dê bom censo em dose dupla no seu coração, amenize suas ambições.
- Quem me colocou aqui há dezenas de anos foi o criador.
Olhei-a com tanta sublimidade que respondi:
"Jamais a tirarei daí minha Rainha, apenas te digo, voltarei em alguns meses para coletar algumas de suas milhares de sementes."
E o que ouvi de ti passarei às gerações.
- Com licença Alteza para me retirar.

Texto escrito pelo nosso sócio e Diretor Técnico do Circulo SãoCarlense de Orquidófilos

GILMAR JULIAK

As Nossas Rainhas e a Nossa Consciência

Antes de iniciar a você pesquisador, colecionador ou mesmo iniciante nesta maravilhosa paixão que é a orquídea, pretendo fazer  um alerta a esta imensa visitação que estamos recebendo neste  novo vínculo de informação que é o nosso Blog.
A realidade da devastação das nossas matas é alarmante, número e novos índices e novas previsões já explanam grandes áreas de nosso território que estão sendo dizimadas dia após dia com queimadas, com alagamentos inesperados e grandes derrubadas de árvores nativas presentes em todo os nossos biomas.
As leis por mais atuantes e inovadoras que sejam, ainda não conseguem em parcialidade obstruir essa alarmante catástrofe.
A educação Ambiental, que várias formas se dissemina pelas ONGs, pelos meios de comunicação, pela presença atuante e notoria dos orgãos fiscalaizadores, ainda lutam para conter algo que neste imenso Brasil se arrasta por décadas e décadas, que são os desmatamentos desenfreados e irresponsáveis praticados por verdadeiros criminosos e sem consciência.
Já é do nosso conhecimento que a flora e a fauna se aniquilam desaparecem em vários pontos de nosso país, mas por este meio moderno de comunicação venho protestar, também alertar, que nossas orquídeas estão desaparecendo insessantemente, nas derrubadas de suas árvores hospedeiras, no solo pobre mais ainda devido ás queimadas e contaminações.
As saprófitas, as terrestres, as epífitas, as rupícolas estão em alerta pois devido aos últimos acontecimentos, elas ( as orquídeas) como seres vivos que são, irão pouco a pouco desaparecer.
Lembremo-nos que elas  não falam, não vão às escolas e grupos ambientalistas se queixarem, ao contrário, são limitadas a seu espaço nas selvas, na natureza devido ao propósito do criador enfeitar e perfumar e procriar no verde das matas, a Rainha das Flores, as nossas Orquídeas.
Já está difícil compreender o tempo e suas abruptas mudanças que chegam a nos deixar pasmos com tantas oscilações, com tantas catástrofes alarmantes nas áreas urbanas e rurais.
Pobre das orquídeas, tão belas, tão exuberantes, sem culpa alguma, são lançadas à sorte de uma insana consciência humana que insiste em lançar aos ares fumaça, e ao solo o lixo de que espécie for , e às águas lixo orgânico e inorgânico, sem sessar , é uma pena o que estamos presenciando, e o pior convivendo com essa sujeira ambiental toda.
O Brasil é o berço maior das Orquídeas, muito se deve na atualidade à descobridores e orquidófilos de tempos  de outrora que nos prescreveram as grandes realezas da natureza, " As Orquídeas".
Trabalhar na Consciência e na conduta do homem perante tal problema deveras grave é mais que uma obrigação, é fazer de forma racional que a consciência perante a natureza seja a mais respeitosa e responsável possível.
Não é somente nos acomodarmos devido aos métodos mais remanescentes de procriação das orquídeas em laboratórios que devamos pensar. " A Natureza por si só se recupera, pois nós temos as sementeiras e as clonagens".
Amigos da Orquidofilia, somos uma nobre família, que cultivamos ao nosso ver a mais bela das flores, é justo que propaguemos perante não só o Brasil mas ao mundo o amor verdadeiro a "natureza e principalmente às Orquídeas".
Semear na juventude o gosto e o amor às Orquídeas é nosso dever, pois as futuras árvores ótimos frutos darão.

Escrito por Gilmar Juliak
Sócio e Dirteor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

Cattleya Máxima Lindl.


 Isaias m. Rolando, PhD, conta o histórico da Cattleya maxima 'Crownfox Delicado' AM / expedição AOS  para ol Peru, Hipolito Ruiz, Jose Pavon e Joseph Dombey recolheram  Cattleya maxima. Este trio composto do primeiro grupo de botânicos  criado para documentar as plantas nativas para o famoso Peruviana Flora et Chilensis e chegou em Lima em 8 de Abril de 1778. Há 10 anos eles percorreram  nas imediações de Tarma, Huánuco, Cuchero e Pozuzo em florestas tropicais do Peru central. No entanto, eles nunca exploraram as áreas de Quito e Loja, no Equador. Enquanto no Peru, Ruiz e Pavon começou a treinar um terceiro botânico espanhol, Juan José Tafalla,  para  continuar a sua exploração. Começando em Junho de 1785 e continuando até sua morte em 1811, e Tafalla seguiu os passos de Ruiz e do Pavon, com  a coleta de material vegetal e enviá-la para a Espanha. Em Maio de 1799 Tafalla partiu para explorar a  mata onde ele permaneceu  recolhidos por 10 anos. Após a ocupação francesa em 1816, morreu em Madrid, Ruiz em tempos difíceis forçou Pavon  a iniciar desenhos de endereçamento e montar  herbários nas  expedições peruanas para Londres. .  Como indicado na Lindenia, Aylmer b. Lambert adquiriu este material botânico e mostrou os herbários ao Dr. John Lindley, que concluiu que uma planta coletada por Juan Tafalla na Cordilheira dos Andes, perto de Guayaquil, Equador, era uma nova Cattleya. Lindley tinha estabelecido o género Cattleya em homenagem a Sir William Cattley em 1821 e descreveu três espécies - Cattleya labiata (1821), cattleya loddigesii (1823) e Cattleya forbesii (1823) - antes de publicar Cattleya maxima em 1831.     Em 1842   o Explorador Hartweg tinha enviado plantas vivas de c. maxima para o Royal Horticultural Society em Londres. Em 1866, a pesquisa para esta espécie foi retomada quando da expedição de Linden Explorador Gustav Wallis na região entre o Rio Tumbes e Rio Huancabamba. Wallis coletou plantas que foram enviadas para creche Linden em Bruxelas.   Duas formas distintas de c. maxima - o tipo de"baixa altitude" e o "tipo de montanha" - ocorrerem (Withner, 1988). As elevações do intervalo habitats de 330 a 6000 pés (100 a 1800 metros) acima do nível do mar. O tipo de baixa altitude ocorre perto de Guayaquil nas áreas costeiras do Pacífico perto deste Porto equatoriano. Vegetativamente é "... .gigantic em comparação comparadas outras cattleyas" (Withner, 1988). Isso significa 28 polegadas (70 centímetros) de altura e é maior do que qualquer um do grupo Cattleya labiata. O número de bastante flexível-e-pequenas flores renderizados em cores suaves varia entre 12 e 25. Por outro lado, a forma de montanha é semelhante em tamanho aos membros da Cattleya labiata complexa. Quatro a seis muito escuros 6 polegadas (15 cm) flores são suportadas em um cluster.  Com exceção de Cattleya aurea, c. maxima é a única Cattleya que cresce no lado do Pacífico das encostas ocidentais dos Andes em uma área estendida variando do Peru  Nordeste através do Equador e Colômbia; Ela também ocorre na Venezuela.   HÍBRIDOS em 1859, a famosa empresa  de orquídeas  de Veitch e sons registrou  o primeiro híbrido de Cattleya, e um de seus pais era c. maxima. Nomeado Cattleya Dominiana (maxima x intermedia), ele honrou John Dominy, que pela primeira vez obteve  orquídeas híbridas de sementes. Esta mesma empresa registrou  outros híbridos de c. maxima nas últimas décadas do século XIX: Laeliocattleya Amesiana em 1884 (x Laelia crispa), Cattleya Chlois em 1893 (bowringiana) e Cattleya Vestalis em 1899 (x c. dowiana). Segundo lista de registrados Orchid Hybrids da Sander, houve 22  híbridos  primários  e três secundária  com c. maxima híbridas registradas antes de 1925. Nenhum híbridos de c. maxima foram registrados entre 1925 e 1960.