sábado, 20 de novembro de 2010

Voltando a Falar sobre a Cattleya Labiata

Aos amigos orquidófilos de nosso Blog....

É bem de se notar que qualquer orquidófilo que luta por ter um plantel dia a dia melhor, que ama as orquidáceas sejam elas de todos os gêneros de gosto, é sempre válido relatar experiências, tanto positivas como as  de insucessos.
Todo aquele que cultiva sabe muito bem que cuida de um ser vivo e este ( as orquidáceas) oriundam de várias partes de nosso país assim como do exterior.
Ora, pois, se é muito mais fácil cultivar orquídeas nativas no Brasil, o porque não dizer que também é simples e não tão fácil cultivar as do exterior.
Bem, essa tese de cultivo de plantas estrangeiras, segundo minha experiência, minha insistência em cultivar Cattleyas unifoliadas de alguns países da América do Sul e Central é um assunto para eu relatar posteriormente, mas breve, meus amigos.
Pois a orquidofilia presente no mundo todo, não possui idiomas diversos no que se refere aos cultivos, às adaptações etc..
A orquidofilia atualmente fala um único linguajar, a do amor pelas orquídeas, sejam elas de que modo forem, nas suas extensas diversificações.
Mas, bem, vou voltar à dizer sobre nossa RAINHA DO NORDESTE
Aqui no orquidário denoto as florações da Cattleya Labiata durante três anos sobre uma extensa observação:
A planta requer boa luz e aereação durante todo o seu cultivar, e por ser uma planta robusta, ereta, inicia sua brotação no Outono, onde em meados da primavera se encontram alguns exemplares já espatados ( com bainhas), ela é tão resistente que a adubação foliar só faz com que emita muitas flores em uma mesma haste floral, as flores fazem a maturação e resultam menores, mantendo a forma técnica.
O que nestes três anos, tenho observado é que a aclimatação dá melhor resultado que a própria adubação onde resulta em flores de médiasa grandes de diâmetro, mantendo a forma técnica.
Ao raciocinar sobre essa performance torno a repetir que as chuvas prejudicam as florações de alguns indivíduos da Cattleya Labiata, sendo que as que florescem nos meses menos chuvosos,ou sejam Março e Abril, até meados de Maio, produzem flores melhores onde não há o problema dito à tantos e tantos anos ou seja, a variabilidade da sua floração em um mesmo indivíduo, num mesmo substrato sob o mesmo efeito da luz e umidade relativa do ar e sem sofrer o stress dos cortes e divisões.
O que denoto quanto aos cortes, claro que desde executados da forma e no tempo correto, a Cattleya Labiata executa um período de dois a quatro anos sobre o mesmo cultivo para que resulte flores de antes da tal incisão.
O que ela apresenta nesse período pós corte e pós replante é a diminuição do número de flores, a amenização dos tons de seus segmentos florais, mas a forma técnica mesmo que examinada ao palpar das mãos não sofre tanta degradação.
Uma planta explessiva, que aqui no orquidário resultou ótimas formas, textura e substância foi a Cattleya Labiata Concolor Fraga x Cattleya Labiata Concolor Nomura, de excelente forma técnica, pétalas e sépalas proporcionais, a um labelo muito bem arredondado com pequenas franjas concolores no bordo.
O cruzamento por mim adquirido desde seedling fora feito na chácara das Orquídeas em Rio Claro-SP- das mãos de um dos meus inesquecíveis professores o meu amigo orquidófilo e também professor no carisma, na humildade, na bondade e na capacitação que possuia ao cultivar orquidáceas, o Sr. Aniel Carnier, ícone com méritos na orquidofilia nacional e que já nos deixou, mas o inesquecível professor das orquídeas jamais deixará de ser lembrado e envolvido num mundo maravilhoso que é o da Orquidofilia.
Voltando ao tal cruzamento a Cattleya Labiata Concolor Fraga x Cattleya Labiata Concolor Nomura resultou concolor nos seus segmentos florais com apenas um leve traço avermelhado- carmessin no centro do seu lóbulo frontal dividindo o mesmo simetricamente exato.
Cito ainda neste pequeno relato sobre as Cattleyas Labiatas, o resultado de um cruzamento entre Cattleya Labiata Vera Cristina x Cattleya Labiata Lilás Borges adquirida por mim do Orquidário da Serra do meu carissímo amigo Salvador Gorni lá da cidade de São Pedro-SP-.
A planta ainda seedling resultou em meados do mês de Fevereiro de 2010 em uma Cattleya Labiata típica lilás e de uma forma técnica admirável, já o cruzando suas pétalas bem planas e pouquissíma ponteagudas, com sépalas dorsal e inferiores de uma boa largura sem arqueamento deveras expressivo e com um labelo pouco tigido no lóbulo em tom pouco mais acentuado que os outros segmentos.
O lilás predomina nos seus segmentos em tom ameno e o bordo do lóbulo frontal contornado pelo mesmo lilás, ou seja, o colorido pouco mais acentuado do lóbulo central do labelo fica contigo por esse tom lilás médio dando-nos a impressão de uma semi- concolor em tom lilás, expressivamente linda, parabéns ao amigo que pelo conhecimento agrupou essas jóias e a nós colocou a oportunidade de adquiri-las. Por Salvador Gorni.
Caros amigos, amantes da orquidofilia, ainda pretendo relatar mais e mais sobre a nossa Rainha do Nordeste.
De momento irei fazer uma breve dedicatória à Cattleya Labiata Coerulea Super x Cattleya Labiata Panellas, cruzamento adquirido por mim há muitos anos, minha primeira Cattleya Labiata Coerulea e que até hoje está em minha coleção, lá em uma visita aos grandes amigos, outro ícone da orquidofilia, meu amigo Sr. Ewaldo Wenzel e seu filho e muito meu amigo, ícone sem exageros dentro da orquidofilia Nacional o Cesar Wenzel à quem muito aprendi e aprendo em nossos encontros lá no Orquidário Rioclarense em Rio Claro-SP-.
Dedicatória 
Cattleya Labiata Coerulea Super x Cattleya Labiata Coerulea Panellas
" O seu azul é como o do céu em dia de benevolência do Senhor".
" A tua formosura é de se admirar logo que a vejo florida em meu orquidário".
" O seu perfume atrai não somente os vetores típicos de sua espécie mas os mais sinceros corações dos homens de bem que a ti e à orquidofilia prestam méritos."
" Talvez eu não saberia expressar tal emoção quando a vi florida pela primeira vez, fora como se realmente a verdadeira Coerulea das Labiatas, de todas as Cattleyas Labiata".
" És forte, punjante, rígida, não se acomoda, ao contrário prossegue emitindo bulbos vigorosos ano a ano, e flores excepcionais".
" A ti grande Rainha, meus méritos, à ti alteza, reverencio sua floração, seu perfume, sua perfeição ".
Agora de momento me despeço, um forte abraço e fica aqui uma breve mensagem:
- Vamos semear na juventude o amor às orquídeas, pois elas merecem mais que um mundo melhor, merecem cultivar a natureza, que é simples e que se comunica conosco através de muitas flores.

Gilmar Juliak
Sócio e Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

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