quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Comentário sobre Confrontamento das Variedades da Cattleya Labiata

Olá, meus amigos do nosso blog é imprescindível e de certa forma inadiável esclarecer ao meu ver e à minha experiência destacar as variedades da Cattleya Labiata fazendo em confrontamento entre suas belas variedades.
A princípio o julgamento técnico de uma Cattleya Labiata deverá ser feito a partir dos princípios técnicos de uma planta nativa, para após compararmos com as sementeiras tanto de auto-fecundação como a de cruzamentos entre elas.
O que se tem visto por aí são muitas análises técnicas das piores possíveis onde o que analisa quer ver numa espécie da natureza e seus cruzamentos uma forma técnica peculiar de um híbrido de Laeliocattleya e outros.
Bem, é injusto comparar tanto nas Cattleyas Labiatas quanto outras variedades de Cattleya, indivíduos ( plantas) de variedade colorida ou similarmente, ou seja, julgar Cattleya Labiata variedade Alba com Cattleya Labiata semi- alba ou mesmo rubras com as variedades lilás, ou as da variedade coeruleas com as da variedade concolor e assim por diante.
Analisarmos variedades é sermos justo também com as cores e desenhos de labelo e não existe se quer a hipótese de ser diferente.
As Albas, por exemplo, em número de 3, as melhores que conseguirmos de um grupo de dez destaca-se a melhor aquela que simetricamente e circunferencialmente se apresente melhor preenchendo o máximo possível o círculo imaginário que construimos e ainda a triangularização mais perfeita possível com as vértices de suas pétalas, sépalas e lobo frontal do labelo.
O Albo, por exemplo, é variável, umas mais atenuantes e leitosas, outras menos; isto não é defeito algum, é característico !.
Os defeitos passivos são considerados, ou seja, pouquissíma abertura do tubo do labelo, seu centro com os demais segmentos florais, seu diâmetro, não tão proporcional com relação ao próprio labelo, este por sua vez, bem arredondado, com frnajas ou não em seu bordo o que é parcialmente característico nas albinas.
O diâmetro desse labelo devendo ser também proporcional à largura de suas pétalas, embora há novos cruzamentos que apresentem labelo pouco menor devido a presença de um franjado de bordo muito aglomerado, seria sim um defeito inaceitavel se esse mesmo labelo se apresentasse em forma de cuia abrindo pouco as nossas vistas o seu labelo frontal.
As pétalas sem nervura central, armadas em bouquet característico da Cattleya Labiata como em outras Cattleyas, acaso se apresente totalmente plana com as sépalas areia, ou possui um híbrido na sua genética ou fora maqueada com as mãos ou artefetos caseiros para fins de pontuação ou mesmo evitar o descarte no plantel.
As pétalas não devem ser tão estreitas ou ponteagudas, ou com um colo do tubo que se pronuncie mais que 20% do comprimento total da pétala.
No caso das Albas, sem nuances ou pigmentos de cor alguma, apenas o branco.
As sépalas sim, albas sem nuances, levemente arqueadas e o mais plana possível que é de onde ao ver a flor lateralmente se observa sua planeza e o bouquet de armação das pétalas.
As sépalas devem ser a mais larga possível, simetricamente distribuida na área geométrica imaginariamente construída por nós, e preenchendo o máximo possível o vão acaso as pétalas não se cruzem ao centro.
As Cattleyas geralmente ao serem analisadas em suas hastes florais, estaqueadas corretamente a 90° com relação à haste principal não devem apresentar  diferenciações nas duas ou três flores que apresente, os diâmetros das mesmas, suas simetrias, seus tons devem ser uniformes.
O período de floração da Cattleya Labiata deve coincidir de novembro a março aproximadamente, pois sempre desconfiamos se ao visualisarmos suas flores e não lembrarmos  uma espécie ( Labiata).
Esqueçam senhores que ao ver espécie florida queiram enxergar um híbrido, jamais, por mais experientes que muitos são, devem por justiça analisar a espécie e seus cruzamentos genéticos com espécie e claro conhecendo o histórico de alguns clones, respeitando ainda os resultados dos melhoramentos genéticos, pois muito se tem mal interpretado a esse respeito.
Deveras és um ser humano apenas, quem imaginas que és se não tem se quer o direito de julgar o que fez, apenas aprecie com os olhos, teste sua imaginação pela inteligência que lhe dei, não queira se quer dizer essa criação é péssima ou essa é muito boa. As fiz para embelezar o mundo de diante tantas atrocidades que praticas dia após dia.
O CRIADOR

Vale a pena meus caros visitantes lembrar que ao aficcionado por orquídeas, as nativas no caso, ele deve ser justo e apreciador ao mesmo tempo, sem querer se prevalescer que suas plantas são as melhores, a natureza prepara surpresas e não é isto que vemos na atualidade acontecer com o tempo, o solo tremer, as águas abundantes, e a poeira nos céus?
Aos amigos que tem paixão pelas espécies em separado, preciso lhes dizer curtam suas plantas o máximo possível, selecionando sim, e jamais descartando a planta que não deva ser descartada, e se há atributos à espécie tal que não lhe agrade, faça como eu doe às pessoas que apenas apreciam e não são colecionadores, vale lembrar que é mais uma semente que vocês irão lançar.
Quem sabe a pessoa a quem você doou sua planta ( aquela que não lhe agrada) não esteja precisando de um empurrãozinho para ter equilíbrio e dar os primeiros passos.
O egoísmo, a soberba, a audácia e a maldade jamais farão parte da nossa nobre família a dos amantes da orquidofilia.
Um abraço a todos de momento.

Gilmar Juliak
Diretor Técnico do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

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