terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Julgamento das Espécies

Em Destaque as Cattleyas Monofoliadas brasileiras e as Estrangeiras.

Amigos, visitantes do nosso blog, admiradores da família das Orquidáceas, a maior do reino vegetal do planeta.
Apresento a partir de agora, antes de iniciar apreciações das Cattleyas Warnerii (brasileira) e as estrangeiras de modo geral, um comentário crítico apreciativo sobre o que realmente vem a ser o julgamento técnico das espécies ( nativas) e seus cruzamentos.
De modo geral as espécies, segundo minha experiência, muita leitura, após anos e anos de absorção de conhecimento, as espécies tem sido martirizadas e injustiçadas quanto ao quesito julgamento técnico, desde décadas atrás até os dias de hoje, formando-se desta m,aneira confrontamentos ideológicos que nunca se alinham ou definam um consenso sobre o que vem a ser uma boa Cattleya que ao nosso ver não vem a servir para nosso plantel.
Se ao depararmos com uma boa Cattleya monofoliada florida seja ela qual for, em primeiro lugar fazemos a visualização de sua circularidade e sua simetria exatas, bem o porque de quase exatas.
Porque, como aprendemos ao iniciar o gosto pelas orquidáceas, nada é perfeito como queremos, e as nativas não são diferentes.
Faz justiça todo aquele que seja ou não credenciado a julgar dá descontos, e releva os defeitos que são passivos nas nativas.
Sim, querer se exibir e dizer aos demais companheiros que somente si próprio sabe julgar e possui as melhores espécies e as mais perfeitas, é pura mediocridade e ignorância.
Pois bem, sabemos que o verdadeiro orquidófilo é todo aquele quer possui humildade para aprender e no confronto de idéias não substima jamais a visão peculiar do companheiro ao lado.
A respeito das Cattleyas, elas são bem  ddiferentes no que se refere à textura, substância, armação de pétalas e sépalas, formatos específicos de pétalas e sépalas.
Os seus labelos divergem bastante às regras técnicas que se refere o padrão imaginário de círculo e triângulos equiláteros circunscritos.
O comprimento do tubo, do labelo e seu bordo, sua largura, seu franjado seus inúmeros tons.
A espécie deve ser julgada com respeito, conhecimento e com morosidade na apreciação, é como degustar apreciar um bom vinho envelhecido, ao contrário de abrir-se a garrafa e tomar de goladas até o fim.
A armação de seu conjunto floral ( a dos segmentos) é peculiar a cada espécie monofoliada, umas com pétalas menos largas e ponteagudas, já outras com pétalas mais largas e mais arredondadas no seu ápice.
Pétalas essas que se armam em bouquet, não tão planas quanto dizem ter que ser, apresentam ainda um colo do tubo na parte inicial inferior, que não vem a ser defeito caso seu comprimento não ultrapasse 20% do comprimento da pétala e esta sem dobras abruptas e sem nervura central.
Pétalas planas demais com relação as sépalas, pode ter sido maqueada com as mãos, ou mesmo geneticamente falando pode-se acreditar que haja algum cruzamento de híbrido oculto no caso se apreciarmos um melhoramento genético, pois este não é para resultar em espécies quase onde forma de híbridos, mas sim para atenuar consistência floral, matizes mais acentuadas, duração da flor por maiores dias, variedades mais fortes e firmes, mais cheias, ou seja menos magros de pétalas e sépalas.
As sépalas mais largas nos cruzamentos genéticos e não tão largas na nativa, o que não diminui se acaso esse defeito não seja muito expressivo.
Visualizando frontalmente a flor, a espécie deve preencher o máximo o círculo imaginário, e os ápices de seus segmentos florais simetricamente distribuidos dentro dos dois triângulos equiláteros no círculo circunscrito.
Com relação ao diâmetro das flores, é evidente que se diferenciam uma das outras, a duração das mesmas também divergem.
Ao considerarmos as nativas é claro que se estivermos na mata diante de uma exuberante floração da Cattleya Warnerii tipo por exemplo.
Obviamente de um grupo de 10 plantas, três ou duas ou uma irá se destacar mais na visão técnica.
Julgar espécies é observar critérios diversos principalmente as de outros países por exemplo, cito, a Cattleya Speciosíssima de uma região da Venezuela tem seus predicados florais como cor intensa ou cor menos intensa na variedade Tipo por exemplo, o diâmetro da flor também é diferente, a armação técnica mais ainda, as grandes flores possuem mais vãos e são bem mais planas, já as menores flores são mais arredondadas e com bouquet de pétalas e sápalas projetado singelamente.
Pois bem, cabe a nós definirmos um padrão na espécie para deste partirmos para a apreciação e julgamento, no caso de modo geral serão as da variedade Tipo para muitas Cattleyas monofoliuadas e algumas bifoliadas multifloras.
Ao sairmos da Tipo menos clarear as cores e escurecer as cores, entre outras cito, uma a da variedade rubra seria mais escura que as tipo e as suaves seriam mais claras que as da variedade Tipo.
A medida que clareamos ou escurecemos os tons das variedades da Cattleya devemos por obrigação aumentar a gama de defeitos passivos aceitáveis, o que eu quero dizer é que as Cattleyas da variedade Tipo tem que possuir a melhor forma técnica possível, isto devido à geneticamente falando essas variedades escuras e claras, com desenhos diversos surgiram na natureza através das Tipo e suas autofecundações e cruzamentos naturais no habitat.
Criações típicas nativas que apresentam anomalias técnicas nas florações eu citaria a Cattleya Shroederae, com boas pétalas e labelo, mas de peculiar as curvaturas nas três sépalas geralmente.
A colombiana Cattleya Trianaei cuja a armação e bouquet é muito graciosa, boa armação de pétalas e labelo e sépalas ligeiramente arqueadas para tráz.
A Equatoriana e também Peruana Cattleya Máxima Lindley, cujas pétalas são finas e estreitas na sua largura, e que cujas sépalas também finas apresentam graciosidade e um diferencial de armação com pouco bouquet e planicidade relativa.
Outra Cattleya, a Dowiana onde somente o labelo, o tubo e algumas vezes as pétalas se destacam, as anomalias nas formas claro lhe é peculiar, não é defeito.
As Cattleyas Quadricolor muito fechadas de bouquet de pétalas e sépalas onde quase não raro se destaca o labelo, e seu lindo lóbulo frontal colorido ( ou não Colorido).
A Venezuelana Cattleya Percivaliana, que deveras de passagem possa se dizer que suas variadas formas técnicas se alinham com a nossa Rainha do Nordeste, apenas em alguns clones conhecidos como a Tipo Alberts, a Tipo Rolfs, a Tipo Liberto e outras cujas formas mais se aproximam de uma circularidade excelente.
Bem, se for relacionar uma a uma iremos bem longe, mas , o critério tanto para bons clones renomados ou não, as tolerancias técnicas são apresentadas de forma a não deterioração técnica peculiar de cada uma.
Ao confrontar um híbrido e uma espécie, é normal em vários colecionadores querer aproximar ideologicamente uma à outra, mas repito, pecam e pecam, pois fora dos preceitos técnicos peculiares eles estão. De modo a pensar:
-Espécie se compara com espécie dentro dos preceitos e quisitos acima citados.
-Híbrido se compara com híbrido exigindo sempre a perfeição técnica pois o homem ali pretenciou as suas mãos com o objetivo de criar algo ( flor) perfeita geometricamente falando.
O ideal para um colecionador que já delineou o que quer em seu plantel é que ele lute e lute cada vez mais para obter plantas sadias, de bom desenvolvimento vegetativo para o seu próprio orquidário e de exemplares de bons à ótimos em formas técnica e matizes de cores.
É lamentável na atualidade as injustiças cometidas por certos apreciadores dentro da orquidofilia, mas é também mais ainda lastimável que muitos apreciadores, tanto de híbridos de Cattleya como de Cattleya Nativa olhem para as flores desta tão grosseiramente que valorizam puras flores maquiadas com mãos do ser humano, o que vem a ser ridículo diante de uma nação tão rica em orquídeas como o nosso Brasil.
Agradável é ver em revistas . em sites, em blogs e em exposições espécies de Cattleya monofoliadas e ou bifoliadas, inclui-se aí os híbridos julgados com clareza, justiça e pura apreciação.
Na esperança de ter contribuído um pouco pelo menos à esclarecer a você amigo(a) nosso(a) visitante, a ter mais um pouquinho de visão no que concerne a julgamento é que raciocinei e presenciando mais de 25 anos de experiência, pretndo ainda lutar por julgamentos mais justos e consistentes.
Desculpem-me por algum erro, mas, desejo à vocês do fundo do coração, sucesso em suas escolhas em seus plantéis.

Obrigado,

Gilmar Juliak
Diretor Técnico e Sócio do Círculo SãoCarlense de Orquidófilos

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